Leonardo da Silva Gomes, de 34 anos, foi condenado a 7 anos de reclusão no regime semiaberto, após matar a tiros Luciano Ferreira Torres, de 33 anos, em novembro de 2021, no Jardim Nossa Senhora das Graças, em Campo Grande. O julgamento do acusado aconteceu na manhã desta quinta-feira (10).
Ministério Público e defesa pediram desclassificação do crime de homicídio doloso simples para outro delito não doloso contra a vida, que foi concedido pelo Conselho de Sentença.

Pelo crime de lesão corporal seguida de morte, o juiz aplicou pena mínima, de 4 anos e 6 meses. Já pelo crime de porte ilegal de arma de fogo, foi condenado a 3 anos e 10 dias multa.

A pena teve redução de 6 meses pela confissão do crime, sendo condenado a 7 anos de reclusão e 10 dias multa, em regime semiaberto.

“A hora que eu subi a rua, o Luciano ‘tava’ no meio da rua e o tio dele na calçada. Cumprimentei ele (Luciano), mas ele ‘tava’ nervoso, ‘tava’ muito alterado. E começamos a discutir. Ele me ameaçou com uma ‘inchada’ e eu tirei a arma, dei dois tiros, Iiguei a moto e saí. Aí, no outro dia, eu vi no Midiamax que ele tinha morrido”, foi a versão de Leonardo.

Segundo a denúncia, na época, na frente da casa do tio da vítima, houve uma discussão entre Leonardo e Luciano, quando Leonardo sacou um revólver, calibre 38, e atirou duas vezes. Luciano morreu no local.

Um catador de recicláveis, que estava com Leonardo no dia do crime, contou que estava na garupa da moto de Leonardo para ajudar a levar as cervejas e acabou testemunhando o homicídio.

De acordo com o reciclador, a vítima (Luciano) estava no meio da rua, começou a ofender Leonardo, dizendo que ele não ia passar com a moto e começaram a discutir. Na versão do reciclador, Luciano estaria com um ‘pedaço de pau’ e vinha para cima do Leonardo. E que Leonardo então teria atirado nesse momento, mas garante que não lembra de muitos detalhes porque faz tempo e que foi muito rápido. O reciclador confirmou que presenciou o crime e que houve ‘bate-boca’ quando Luciano foi para cima do Leonardo.