A mulher, de 35 anos, cujo ex-namorado, foi assassinado na frente de sua residência a tiros na noite de sábado (22) no Bairro Mata do Jacinto, denunciou à polícia que, desde a data do crime, vem recebendo ameaças via aplicativo de mensagens.

A vítima relatou que uma das mensagens dizia que ela havia “mandado matar o cara errado’ e que “irão matar a sua mãe e depois ela mesma”. A ameaça ainda detalhe que a vítima será “atingida na cabeça e que o velório será de caixão fechado”.

Ela chegou a relatar que desconfia que as ameaças estejam sendo feitas por familiares do ex.

Jheferson Luiz Nogueira da Paixão, de 31 anos, foi morto no portão da casa da ex namorada. No dia do crime, a mulher relatou à polícia que Jheferson estava a ameaçando há dias e que tinha medida protetiva contra ele, porém naquela noite ele foi novamente até o portão dela.

Ainda de dentro de casa, ela ouviu um veículo chegar e em seguida barulho de tiros.

Quando saiu para verificar o que havia acontecido, a ex-namorada viu Jheferson imóvel e ensanguentado. Ela acionou o Corpo de Bombeiros e a PM, mas ele já estava sem vida. O óbito foi constatado pela equipe de socorro.

Ela contou ainda que namoro foi rápido e o conheceu pelo Facebook, enquanto ele estava preso.

A delegada responsável pelo caso, não quis detalhar a situação para não atrapalhar as investigações, porém adiantou que já tem suspeitos e que está praticamente esclarecido o que aconteceu.

Passado violento

Assim que foi solto, as agressões e ameaças passaram a ser constantes. Ela tentava sair do relacionamento, mas Jheferson estaria ameaçando a família.

“Em três meses, ele me batia, puxava a faca, fala ‘vou te matar, te judiar’. Eu tinha muito medo, ele falava que iria botar fogo na minha casa, que ia dar um tiro na minha cara. Tenho todos os prints de todas as conversas”.

A moça afirma que tentou se afastar, depois da primeira agressão, procurou a polícia e registrou um boletim de ocorrência, mas Jheferson teria insistido que iria melhorar, então a primeira queixa foi retirada.

“Na última agressão pediu para retirar [queixa], mas não retirei. Ele não podia chegar a 300 metros de mim. Eu tinha bloqueado ele, mas ele comprou outro chip. Me disse que ia acabar com tudo”.

Inimizades e ameaças

A ex esclarece que Jheferson estaria sendo perseguido e ameaçado de morte de inimizades do bairro Zé Pereira. Pelo site do Tribunal de Justiça, ele respondia por crimes de roubo e de tentativa de homicídio, contra o padrasto.

“Tentaram matar ele, ele tem muito inimigo lá. Ele me contou que matou o primo do cara que estava atrás dele, há três anos. Ele falava que já tinha matado nove pessoas e tentativa sete. Falava ‘não tenho medo de polícia, acha que vou ter medo da [lei] Maria da Penha? Eu te mato’. Por isso eu tinha muito medo dele”.