Sem data para terminar paralisação, policiais fazem manifestação no Presídio Federal de Campo Grande
Presos ficam sem escolta nem banho de sol
Renata Portela, Marcos Tenório –
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Na tarde desta quarta-feira (18), data em que teve início paralisação dos policiais penais federais em todo o país, agentes fazem manifestação na frente do Presídio Federal de Campo Grande. Eles alegam desvalorização da carreira, após 7 anos sem reajuste salarial.
Conforme o presidente do Sindicato dos Policiais Penais Federais em Mato Grosso do Sul, Altair Nunes, em Campo Grande atuam 250 agentes. “Se desvalorizar a gente, pode prejudicar todos os policiais penais”, alegou. Segundo ele, com a paralização ficam suspensas as visitas, também visitas de advogados, escoltas, banho de sol e atendimento aos presos.
Nunes lembrou que os policiais penais não tiveram reajuste nos últimos 7 anos e que, neste período, tiveram perda de 40% do poder de compra. “Estamos reivindicando regulamentação justa e digna para todos os servidores”, disse.
O policial penal federal ainda pontuou que o objetivo da paralisação é de que o Governo Federal se sensibilize e faça a regulamentação respeitando a categoria, para que tenha tratamento como polícia da União, assim como a Polícia Federal ou Polícia Rodoviária Federal.
Carla dos Santos, pedagoga e especialista federal em assistência e execução penal, pediu a valorização das carreiras que atuam no meio. Ela lembrou que, nos presídios federais, também atuam psicólogos, farmacêuticos, dentistas, enfermeiros, assistentes sociais, técnicos auxiliares em consultório dentário e técnicos em enfermagem.
“Os serviços de todos são essenciais aos detentos”, enfatizou. Uma servidora, relatou ainda ao Midiamax os riscos diários da profissão. “Não tenho carro no meu nome, não posto fotos com uniforme pela insegurança fora do presídio”, disse. Ela lembrou ainda as ameaças constantes que os servidores sofrem por parte dos presos.
A paralisação acontece em todo país e não tem data para terminar. Conforme nota divulgada pela FENAPPF (Federação Nacional dos Policiais Penais Federais) “há o risco concreto de entrega de cargos e chefias dos gestores em todo país”.
“Em relação à entrega nacional de cargos e chefias, a consequência do DESGOVERNO do Sistema Penitenciário Federal poderá comprometer a segurança dos estabelecimentos penais do país”, finaliza a nota.
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