‘Queria estar lá’, disse mandante de execução de sogra ao negar assistir assassinato

A acusada de ser a mandante do assassinato de Silvana Inácio Garcia, de 46 anos, e a tentativa de homicídio do marido da ex-sogra, negou que tenha pedido para os adolescentes cometerem o assassinato. Ela contou que os envolvidos teriam ‘tomado’ as suas dores cometendo o crime.

Em depoimento, a acusada contou que a descoberta do estupro contra a sua filha de 3 anos aconteceu no Dia das Mães, quando ao dar banho na menina, ela reclamou de dores nas partes íntimas, momento em que a acusada ao examinar a criança percebeu uma vermelhidão.

Nesse momento, a menina contou que havia sido abusada pelo marido de sua avó. A criança ainda teria dito que Silvana havia pedido para ela não contar nada, o que a deixou furiosa. A mulher, então, acabou contando para todos que estavam no churrasco em sua casa, causando revolta em todos.

A mulher disse que ela iria matar a ex-sogra e o marido, e que não queria que ninguém mais fizesse, mas quando acordou na manhã de segunda-feira (9) ficou sabendo do crime. Ela afirmou que não foi ao local com os adolescentes, mas que queria estar lá no momento do assassinato. Ainda segundo o seu relato, ela não pediu para que eles cometessem o crime. 

Sogra registrou BO contra acusada do crime

Silvana já havia registrado um boletim de ocorrência em 2020 contra a autora por ameaça. No registro feito por Silvana, ela relata que a autora que tem filhos com o seu filho sempre chegava a sua casa alterada para buscar os netos. Ainda segundo o registro, a autora a xingava e fazia escândalos na sua residência. A autora, inclusive, teria dito que iria matar a ex-sogra com um .38.

Estado de saúde sobrevivente

O marido da ex-sogra da acusada está internado na Santa Casa de Campo Grande, após levar dois tiros. Ele está na UTI (Unidade de Terapia Intensiva), consciente e orientado esperando por cirurgia.

O crime

O grupo foi até a residência do casal e um dos jovens, sobrinho dele, o chamou e pediu para usar o banheiro. Neste momento, o adolescente sacou a arma e fez os disparos. Depois, entregou a arma para outro envolvido no crime, que atirou novamente contra o homem de 55 anos.

Em seguida, os dois foram até o quarto e mataram Silvana com três tiros. A mãe da menina e suposta mandante do crime teria assistido ao homicídio. Foi relatado à polícia que a criança de 3 anos, que é neta de Silvana, sofria abusos por parte do marido da mulher. Além disso, Silvana teria acobertado os crimes e pedia para que a criança não contasse nada sobre os abusos. Os adolescentes tiveram o pedido da internação provisória solicitada.