Quadrilha alvo da PF que criou criptomoeda usava MS como rota para tráfico de cocaína
Cocaína que saia da fronteira de Mato Grosso do Sul tinha como destino Jundiaí
Thatiana Melo –
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A quadrilha alvo da operação da Polícia Federal, nessa quinta-feira (7), que chegou a criar criptomoedas para a lavagem de dinheiro usava a fronteira de Mato Grosso do Sul, como rota para o tráfico de cocaína. Foram três operações simultâneas, ‘Comando’, ‘Ganância’ e ‘Golden Greed’.
Os mandados foram cumpridos no Pará, Goiás, Rio de Janeiro, Mato Grosso e Acre. Ao total foram 82 mandados em locais diversos, além de do bloqueio dos bens dos investigados até o limite de R$ 2 bilhões.
A quadrilha usava diferentes mecanismos para fazer a lavagem de dinheiro do garimpo de ouro, e chegou a criar uma criptomoeda própria em uma das empresas. A criptomoeda era usada para justificar os valores lucrados com a extração ilegal do ouro, como se fossem investimentos de terceiros interessados em receber dividendos.
A Polícia Federal ainda descobriu que entre os anos de 2019 e 2021, o grupo movimentou mais de R$ 16 bilhões em suas contas bancárias.
MS como rota do tráfico de cocaína
Segundo informações publicadas pelo Jornal Correio do Povo de Alagoas, uma das operações deflagradas, ‘Combate’, seria resultado de uma investigação que mirava uma quadrilha especializada no tráfico internacional de cocaína.
A cocaína era transportada em aviões que saiam da região fronteiriça entre o Mato Grosso do Sul e o Paraguai, com destino a Jundiaí. A PF conseguiu identificar uma das aeronaves usadas pela quadrilha e ainda localizou o hangar responsável por levar a cocaína até o interior paulista.
Mas, logo após a prisão do fornecedor das drogas no Paraguai, o hangar passou a ser usado para outro esquema de transporte sob suspeita: o de ouro. O ouro era levado do Pará para São Paulo, utilizando o mesmo hangar que transportava a cocaína e cujo administrador já estava sob investigação.
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