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Polícia

Preso que teria ameaçado policial penal em motim na Gameleira denuncia agressões

Ele foi acusado de ameaçar o agente de morte
Renata Portela -
Imagem ilustrativa - Arquivo/Henrique Arakaki

Na tarde de segunda-feira (27), detento de 31 anos do Presídio de Regime Fechado da Gameleira I, em , denunciou ao (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) caso de agressão. O fato teria acontecido em 30 de maio, quando houve um motim entre os presos e um bilhete foi apreendido.

Segundo relato do interno, ele teria sofrido lesão corporal por parte de um agente. O fato foi relatado pelo interno durante inspeção visual do MPMS e o caso foi registrado em boletim de ocorrência, para averiguação e apuração dos fatos. O detento foi um dos citados durante motim naquele dia 30 de maio.

Ameaçou policial penal na Gameleira

Conforme detalhado no registro, o preso teve que ser removido do pavilhão após a confusão, quando passou a ameaçar os policiais penais. Ao agente, ele teria dito: “Na primeira oportunidade eu vou pegar o que tiver na frente e furar seu bucho”. “Você vai pagar por pisar no meu calo”, disse.

“Se não for eu vai ser qualquer outro, mas barato não vai ficar”, disse ainda o interno. O caso é tratado como desacato e ameaça.

Princípio de motim

O bate-grade começou logo após o banho de sol ser encerrado por volta das 17 horas. Um dos detentos teria começado a chutar as grades da cela 8, no pavilhão I da Gameleira. Ele passou a incitar um motim gritando: “Vou quebrar, ninguém entra aqui hoje. Vou mostrar quem manda nessa p*”. Ele foi advertido e levado ao chefe da equipe.

Outro interno, da cela 2 do pavilhão 1 passou a danificar as grades da cela, passando a incitar a massa carcerária com gritos: “Quebra tudo, vamos chocalhar”. O detento foi advertido e levado para o chefe da equipe para sanções disciplinares. Ele chegou a ser preso em por dano e teve a prisão convertida em preventiva.

Já o preso que denunciou as agressões, alojado na cela 3, teria ameaçado os agentes. “A promotora está fechada com nós, vocês vão se f*”. O detento acabou levado para a cela disciplinar, e ainda teria ameaçado de morte os agentes dizendo: “Eu vou matar vocês, daqui a pouco estou na rua”.

Uma professora que estava ministrando aulas para alguns detentos teve de ser retirada do local, já que corria risco.

Bilhete apreendido e denúncia

Bilhete foi apreendido com preso na Gameleira
Bilhete encontrado com detento – Reprodução

Guilherme Azevedo dos Santos, 29 anos, foi denunciado por integrar a organização criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital). Ele foi flagrado com um bilhete, com instruções para criar explosivos e informações de atentados contra forças policiais.

O relatório do inquérito policial, do Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado) é finalizado com pedido de inclusão do acusado no Sistema Penitenciário Federal. O pedido também se estende aos outros presos que compartilhavam a cela com Guilherme.

Além disso, é esclarecido que Guilherme foi atendido por duas advogadas em 2022, mas após a prisão em flagrante ele alegou que não tinha advogado, o que gerou suspeita. Com isso, o documento em questão será compartilhado com o (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), para apurar uma possível relação com o grupo Sintonia dos Gravatas.

Apontado como liderança do PCC

Conforme a denúncia feita pelo MPMS, Guilherme, que estava preso e cumprindo pena na Gameleira, foi detido em flagrante após uma tentativa de motim. No short que ele usava foi encontrado um bilhete com anotações de possíveis ataques às forças de segurança do Estado.

É apontado que, no dia seguinte em que o bilhete foi encontrado, Guilherme receberia visita. Ou seja, o manuscrito chegaria a outros membros do PCC, fora dos presídios. Detido, ele se recusou a responder os questionamentos da polícia e também não cooperou na tomada de grafismo, para comparar se a letra no papel era a dele.

A acusação aponta que Guilherme — que já foi alvo da Operação Panóptico contra o PCC — exerce comando individual ou coletivo na organização criminosa, uma vez que seria liderança de uma ramificação da facção criminosa, coordenando ações dentro e fora dos presídios.

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