Está agendada para o dia 21 de julho audiência de instrução e julgamento do fonoaudiólogo Wilson Nonato Rabelo Sobrinho, que foi alvo de 7 inquéritos policiais por estupro de vulnerável. Wilson continua preso em Campo Grande e negativa a pedido de liberdade foi publicada no Diário da Justiça desta quarta-feira (6).

Conforme a publicação, houve pedido de revogação da prisão preventiva do réu ou substituição por medida cautelar. A decisão do juízo da 7ª Vara Criminal de Competência Especial foi por manter a prisão de Wilson, para garantia da ordem pública, por conveniência da instrução processual e em razão do perigo gerado pelo estado de liberdade do imputado.

“O risco em análise é atual, não verificando neste momento a suficiência de outras medidas cautelares menos graves”. Nova análise de custódia preventiva do fonoaudiólogo deve ocorrer em aproximadamente 90 dias. Wilson passaria por audiência no dia 3 de junho, mas a sessão foi adiada.

Assim, foi definida nova data para o dia 21 de julho. Wilson é implicado em ao menos 5 processos, que não foram juntados, pelo crime de estupro de vulnerável. Ele foi preso em flagrante em março deste ano, quando um dos pacientes revelou o caso aos pais e denunciou o fonoaudiólogo.

7 inquéritos contra fonoaudiólogo

Conforme indicado pela Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente) na época das investigações, as vítimas eram meninos com idades entre 2 e 8 anos. Nos interrogatórios, Wilson não teria confessado nenhum crime, mas também não negou os fatos.

Assim, ele permaneceu em silêncio, dizendo ainda que responderia apenas em Juízo. Preso preventivamente, ele está detido no Presídio de Segurança Máxima da Gameleira. Natural de Manaus, Wilson chegou em Campo Grande em abril de 2021 e logo começou a atender. Ele foi preso no dia 9 de março, quando foi detido em flagrante por abusar do paciente durante a sessão de atendimento.

Wilson foi indiciado por estupro de vulnerável, crime que prevê pena de 8 a 15 anos. O acusado conquistava a confiança das crianças e oferecia recompensas, como doces. Durante os atendimentos, quando deitava os meninos na maca, passava a mão nos órgãos íntimos das vítimas.

Em todos os inquéritos foi feito pedido de prisão preventiva do acusado.