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Polícia

Preso em Campo Grande, suspeito no caso Marielle Franco é alvo de operação da PF

Ele teria enviado várias remessas com peças de armas de fogo dos EUA para o Brasil
Renata Portela -
Ronnie Lessa está preso em Campo Grande - Divulgação/ PF

Nesta quinta-feira (14), Ronnie Lessa, atualmente custodiado no Presídio Federal de Segurança de Campo Grande foi alvo de uma operação da . Ele é investigado por enviar remessas com peças de armas de fogo da Flórida, nos Estados Unidos, para o (RJ).

Segundo a Polícia Federal, foi cumprido o mandado de prisão contra Lessa na operação chamada Conexão Miami. Investigações apontam que ele seria responsável por contrabandear peças de armas de fogo dos Estados Unidos para a capital carioca.

Ainda de acordo com a PF, ao menos 10 remessas foram feitas e as peças eram usadas para montagem de armas que abasteceriam criminosos no Rio de Janeiro, especialmente integrantes de grupos de extermínio.

As investigações apontaram ainda que as remessas foram feitas em um período de 20 meses, entre 2017 e 2018, sendo que três delas tinham auxílio da filha do investigado, Mohana Lessa, que mora na Flórida. Ela também foi indiciada no inquérito.

Ronnie também teria importado ilegalmente peças de armas da Nova Zelândia e da Ásia.

Operação Florida Heat

Em março, a Polícia Federal já tinha deflagrado a Operação Florida Heat, contra organização criminosa voltada para o tráfico internacional de armas, dos EUA para o . Ronnie Lessa foi alvo da ação, que cumpriu 12 mandados.

Segundo a Polícia Federal, o mandado foi cumprido contra o policial militar, acusado de ser executor da vereadora Marielle Franco e de seu motorista, em 2018. A operação foi feita em conjunto com Ministério Público Federal.

As investigações, que começaram há dois anos, descobriram um grupo responsável pela aquisição de armas de fogo, peças, acessórios e munições nos EUA e, posterior, envio ao Brasil. A internalização do armamento, no Brasil, se dava por meio de rotas marítimas — contêineres — e aéreas — encomenda postal — pelos estados do Amazonas, e Santa Catarina e tinham como destino final uma residência em Vila Isabel, no Rio de Janeiro.

Na maioria das vezes, o material era escondido em equipamentos como máquinas de soldas e impressoras, despachados junto a outros itens como telefones, equipamentos eletrônicos, suplementos alimentares, roupas e calçados. Desta residência, as peças eram retiradas pelos integrantes da célula no Rio de Janeiro — responsável pela usinagem e montagem do armamento, com auxílio de impressoras 3D, que posteriormente eram distribuídos para traficantes, milicianos e assassinos de aluguel.

A quadrilha investia o dinheiro adquirido com o tráfico de armas em imóveis residenciais, criptomoedas, ações, veículos e embarcações de luxo. Também foi decretado o sequestro de bens, avaliados em cerca de R$ 10 milhões. Ao longo da investigação, houve apreensão de milhares de armas, peças, acessórios e munições de diversos calibres, tanto no Brasil, quanto nos EUA.

Ronnie Lessa

Principal suspeito de assassinar a ex-vereadora do Rio de Janeiro, Marielle Franco (PSOL), e o motorista Anderson Gomes em março de 2018, o policial reformado Ronnie Lessa disse, em entrevista à revista Veja, que o presidente Jair Bolsonaro (PL) o ajudou em 2009 para que ele recebesse prioridade em um atendimento na ABBR (Associação Brasileira Beneficente de Reabilitação), mas que mal o conhece.

Na época, o hoje chefe do Executivo era deputado federal. O policial militar reformado, de 51 anos, está preso na Penitenciária Federal de Segurança Máxima de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul, desde dezembro de 2020.

*Matéria editada para acréscimo de informação

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