Documentos da Polícia Federal mostraram que o porto de Antuérpia, na Bélgica, era o primeiro na lista do Major Carvalho — apontado como um dos maiores narcotraficantes do mundo — na remessa de cocaína para a Europa. Das 69 tentativas de enviar cocaína para a Europa, o porto foi alvo de 14 delas.

Só no ano passado, a polícia belga apreendeu cerca de 90 toneladas de cocaína, que saíram da América do Sul para o Porto de Antuérpia. Junto das 70 toneladas apreendidas na Holanda, as apreensões foram consideradas recordes pelas autoridades.

Mas, não só Major Carvalho usava os portos na Bélgica para a remessa de cocaína, como foi divulgado por Josmar Zozino ao portal UOL. Membros do PCC (Primeiro Comando da Capital), e foragidos como André Oliveira Macedo, 47, o André do Rap, e Suaélio Martins Lleda, 56, também começaram em 2013 a exportar em contêineres carregamentos de drogas com destino ao porto belga.

Major Carvalho também tinha o número 2 em sua preferência para a remessa de cocaína, que era o porto de Roterdã, na Holanda. Em 2017, Stefaan Bogaerts — que era ligado a Major Carvalho — foi assassinado.

O crime aconteceu em 21 de setembro de 2017, duas semanas após a apreensão de 780 kg de cocaína no Porto de Paranaguá, no Paraná. Bogaerts foi morto com tiros de fuzil. Ele sofreu emboscada enquanto aguardava a chegada de um homem com quem teria marcado uma reunião.

Os documentos da Polícia Federal ainda mostraram, que, além de Antuérpia e Roterdã, os outros portos europeus escolhidos pelo Major Carvalho para exportar cocaína são os de Leixões/Portugal; /Espanha; Livorno e Gioia Tauro/Itália, Hamburgo/Alemanha e Le Havre, na França.