Polícia leva mais 4 para delegacia por furtar fios de cobre e diz que este tipo de crime está ‘uma coisa absurda’
Tenente contabiliza ao menos 40 ocorrências desde o início do ano e delegado fala em 2 a 3 ocorrências por plantão
Graziela Rezende –
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A polícia sai para fazer rondas, investigar crimes e a viatura, poucas vezes, volta vazia porque sempre tem “flagrantes de furto de fios”. Na delegacia, quando interrogados, os presos são em sua maioria usuários de drogas e a resposta é sempre a mesma: alimentar o vício. A informação é tanto da PM (Polícia Militar) e a PC (Polícia Civil), mais especificamente o GOI (Grupo de Operações e Investigações) que, diariamente, está circulando pelas ruas de Campo Grande.
Ao Jornal Midiamax o tenente Carlos Roa, do 1° BPM (Batalhão da Polícia Militar) e que atua na área central, diz que na noite anterior e madrugada deste domingo (27), foram 4 suspeitos levados para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Centro.
“Nós estávamos fazendo rondas e verificamos que o furto de fios tinha ocorrido em um escritório de advocacia. Três homens estavam com os fios, além de uma carrinho de mão e escada. Um deles, inclusive, tinha sido preso na sexta-feira (25) e saiu na audiência de custódia. Eles já estavam na praça Aquidauana quando foram flagrados”, afirmou o tenente.
Os suspeitos, de 42, 45 e 39 anos, foram levados para a delegacia e permanecem lá esta manhã. “Mais tarde, durante a madrugada, um homem de 27 anos foi preso com os fios de cobre na casa dele, na área central. É uma pessoa com extensa ficha criminal. São várias passagens por furto e um velho conhecido da polícia”, argumentou Roa.
O delegado plantonista Guilherme Rocha também comentou o assunto. Quando a reportagem entrou em contato, ele diz que “estava justamente comentando” com os colegas policiais o aumento deste tipo de ocorrência.
“Todo dia são 2 a 3 ocorrências na delegacia, está uma coisa absurda. Até uns dois anos atrás, mais ou menos, isso parecia não acontecer tanto em Campo Grande. Acredito que, como o valor do cobre subiu muito, as sucatas estejam pagando mais e aí aumenta a procura. Outra questão é a investigação, já que o queimam a borracha e sobra somente o fio, dificultando a comprovação”, explicou o delegado.
Durante o interrogatório, Rocha diz que o depoimento dos suspeitos é sempre o argumento de manter o vício, já que a maioria são usuários de drogas. Recentemente, houve uma grande operação da Derf (Delegacia Especializada de Repressão à Roubos e Furtos), a qual estava apurando justamente este tipo de crime e vários suspeitos foram presos.
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