Polícia invade fazenda ligada a ‘pastor do tráfico’ no Paraguai

Local funciona como centro logístico para recebimento e embarque de drogas que chegam da Bolívia

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Fazenda tem pista para recebimento de aeronaves com carregamento de drogas
Fazenda tem pista para recebimento de aeronaves com carregamento de drogas

Em mais um desdobramento da Operação Ultranza, que desde o início da semana faz uma devassa em grupos que atuam para lavar dinheiro do narcotráfico, agentes da Senad (Secretaria Nacional Antidrogas) invadiram uma fazenda no Paraguai. A propriedade pertence ao clã Isfran, do qual faz parte o pastor José Isfran que continua foragido.

Segundo informações do grupo que coordena a operação, a fazenda San Agustín, localizada a 110 quilômetros de Assunção, área conhecida como Tacuara, distrito de Benjamín Aceval, no Departamento de Presidente Hayes, possui 3.490 hectares e cabeças de gado.

O local, entretanto, usa as atividades agropecuárias como fachada e é totalmente adaptado para receber e enviar grandes quantidades de cocaína. Conforme dados levantados pela polícia a área é usa como centro logístico a serviço do narcotráfico internacional.

Informações obtidas pelo Midiamax, revelam que voos de aeronaves bolivianas com cargas de cocaína chegam a centros logísticos clandestino que representam a organização próxima da fronteira com a Bolívia. “As drogas são depositadas nesses pontos e as aeronaves bolivianas retornam ao seu país”, explica uma fonte ligada à Senad.

Devassa

Em apenas uma semana a Operação Ultranza, desencadeada pelo Paraguai já consegui desarticular quatro grandes organizações que “lavam” mais de 100 milhões de dólares oriundos da comercialização de cocaína em grandes centros da Europa.

Entre os nomes apontados como líderes da megaestrutura do narcotráfico estão Sebastián Marset e Miguel Insfrán. Eles foram os encarregados de realizar os negócios com os fornecedores compradores de cocaína. Luiz Fernando Sebriano Gonzáles e Alberto Koube Ayala também fazem parte da lista.

Em dois anos enviaram cerca de 15 toneladas para a Europa, cujos lucros foram investidos em imóveis luxuosos, fazendas, caminhões, iates, aviões e carros de luxo. O poder de influência desses empresários é grande e chegou a provocar a queda de um ministro do Governo do Paraguai.

Após admitir que comprou um iate luxuoso do empresário Alberto Koube Ayala, o ministro da Secretaria Nacional de Emergência, acabou demitido pelo presidente da República do Paraguai, Mario Abdo Benitez, o Marito.

 

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