Foi condenado a cumprir 4 meses de reclusão, em regime aberto, o policial militar lotado em Três Lagoas, a 323 quilômetros de Campo Grande, que foi filmado em agosto de 2021 agredindo a tapa uma mulher em um bar da cidade. O PM estava de folga no dia do crime.

Conforme relatado da denúncia feita pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), o militar estava de folga e frequentava o bar quando teve a discussão com a mulher. Ele agrediu a vítima com um tapa no rosto e os dois entraram em vias de fato.

Em determinado momento, o policial chegou a sacar a pistola que portava e ameaçou a vítima, colocando em risco também a vida de outros clientes. Toda a ação foi filmada por clientes do bar, que divulgaram os vídeos nas redes sociais.

O juiz Alexandre Antunes da Silva, da Auditoria Militar, decidiu por condenar o policial militar pelos crimes de vias de fato e ameaça. O magistrado pontuou que não cabe a tese apresentada pela defesa do militar, de que teria agido em legítima defesa.

“Ainda que aceitasse o argumento que a mulher iniciou as agressões verbais, a reação intencional dele foi extremamente excessiva e desproporcional”, afirmou na decisão. Também foi relatado que “A imagem da Instituição Policial Militar restou sobejamente abalada, visto que os pilares da disciplina foram totalmente desconsiderados durante a ação delituosa, o que sobremaneira repercutiu a população local ante a propagação de noticia em veículos de comunicação e redes sociais”.

Por fim, o policial foi condenado a cumprir 4 meses de reclusão, em regime aberto.

PM foi afastado na época do crime

O policial atuava na Rádio Patrulha da cidade e depois que o vídeo com a confusão passou a circular e o comando tomou conhecimento, o militar foi afastado e colocado para exercer funções administrativas.

Em nota, o batalhão afirmou que não aprovava a conduta do policial e que nada justifica a agressão. Segundo testemunhas, o militar estava de folga bebendo com amigos e a mulher havia sido convidada a se sentar na mesa, mas ela teria reconhecido o policial ao se envolver em ocorrências e dito: “não sento na mesa onde tem policial vagabundo e pilantra”.

Na delegacia, ela afirmou que teria tentado pedir desculpas ao militar, que não foram aceitas.