A Operação Nero, deflagrada nesta quinta-feira (29) contra atos criminosos e de vandalismo em Brasília, tem mais de 40 alvos identificados e conta com a atuação do ex-superintendente da Polícia Federal de Mato Grosso do Sul, delegado Cleo Mazzotti.

São 3 presos, 11 mandados de prisão e 21 de busca e apreensão, segundo coletiva da Polícia Federal. A decisão foi determinada pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes. Um dos mandados está sendo cumprido em um hotel na capital federal.

Os alvos participavam das manifestações antidemocráticas realizadas em frente ao quartel-general do Exército, em Brasília, e são suspeitos de terem atuado na tentativa de invasão do prédio da PF, no último dia 12, além de terem realizado atos como depredação e incêndio de veículos.

Houve apreensão de armas e munições nos endereços dos investigados. A operação é realizada em conjunto com a Polícia Civil e foi batizada de Nero, em referência ao imperador a quem se atribui ter provocado um grande incêndio na Roma antiga.

As ordens judiciais de busca e apreensão e de prisão, expedidas pelo Supremo Tribunal Federal, são cumpridas nos estados de Rondônia, Pará, Mato Grosso, Tocantins, Ceará, São Paulo, Rio de Janeiro, além do Distrito Federal.

Ex-superintendente da PF em MS

O delegado Cleo Matuziak Mazzoti foi desligado do cargo que ocupava em Mato Grosso do Sul e designado para ocupar o cargo de Coordenador-Geral de polícia Fazendária da Diretoria de Investigação e Combate ao Crime Organizado da Polícia Federal, ficando dispensado do cargo que ocupava.

A designação foi assinada pelo Secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Tercio Issami Tokano. O superintendente da Polícia Federal em MS ficou no comando do órgão por aproximadamente um ano e meio, em substituição a Luciano Flores de Lima.