Morto em confronto com o Choque trabalhou como motorista antes de assaltar ‘colegas’

Adryanno não tinha passagens pela polícia e morreu aos 24 anos

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar
(Divulgação)

“Um motora roubando outro motora”, foi o comentário de um leitor do Jornal Midiamax sobre Adryanno Souza da Silva, morto aos 24 anos após trocar tiros com policiais do Batalhão de Choque. O rapaz, que não tinha passagens pela polícia, trabalhou como motorista de aplicativo e acabou morrendo após assaltar outros motoristas, na madrugada de segunda-feira (9).

Nos comentários da matéria, publicada no Facebook do Midiamax, um leitor chegou a colocar uma foto em que aparece com Adryanno. “Olha só que interessante, a pessoa que está dirigindo sou eu, o outro fera foi a pessoa que morreu”. Ele relata que há três meses Adryanno ainda trabalhava como motorista de aplicativo.

O homem ainda lembra que o rapaz fazia parte do grupo de motoristas de aplicativo que ele tinha e que ajudou em um momento de necessidade, quando o pneu do carro de Adryanno estourou. “Daí hoje fico sabendo que ele estava roubando os motoristas de aplicativo, que ele fez o mesmo trabalho por um certo tempo. Enfim, um motora roubando outro motora”, disse.

Alguns leitores ainda questionaram a troca de tiros entre Adryanno e os policiais, enquanto outros elogiaram a ação policial. O caso, registrado inicialmente na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Cepol, será investigado pela Defurv (Delegacia Especializada de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos).

O comparsa de Adryanno, que estava em outro veículo roubado — que foi recuperado — não foi preso. De acordo com a Polícia Militar, pelo uso da arma do policial que resultou em óbito na ocorrência, deve ser aberto um inquérito policial militar. A arma deve passar por perícia e, se necessário podem também ser feitos reconstituição e acareação.

Motorista morreu após roubos

Motorista tirou foto com Adryanno
Foto publicada pelo leitor, que mostra Adryanno (Reprodução, Facebook)

Conforme o registro policial, o irmão de Adryanno foi até o Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) e fez o reconhecimento. O rapaz era morador no Portal Caiobá e morreu em troca de tiros com os militares.

Os policiais do Choque receberam a informação de que um veículo Fiat Siena, de cor vermelha, havia sido roubado de um motorista de aplicativo, no Bairro São Conrado. Inclusive, os bandidos chegaram a passar pelos policiais, que saíram atrás dos criminosos.

Já na região do Bairro Celina Jallad, os criminosos subiram em um canteiro. Os militares perceberam os dois bandidos abandonando o carro e fugindo em sentidos opostos. Então, foi solicitado apoio e feito cerco contra os bandidos.

Durante o deslocamento das viaturas, um outro motorista de aplicativo abordou os militares dizendo que foi roubado por um bandido armado, que levou seu veículo Volkswagen Gol, de cor vermelha. Quando os policiais aguardavam o guincho para a remoção do Fiat Siena, o carro roubado da outra vítima passou em frente aos policiais.

Houve perseguição contra o criminoso, que entrou em um terreno baldio e tentou se esconder em meio a um matagal, houve disparos contra os policiais, que revidaram com dois tiros. O criminoso foi socorrido pelos militares e levado para o Hospital Regional, mas não resistiu e morreu.

O caso foi registrado como disparo de arma de fogo, roubo majorado pelo concurso de pessoas e pelo emprego de arma de fogo e homicídio decorrente de oposição à intervenção policial.

Conteúdos relacionados