Moradores teriam alertado GCM antes de disparo contra jovem em surto
“Ele é especial, ele é especial”, teriam dito moradores antes de tragédia
Guilherme Cavalcante, Marcos Tenório –
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Moradores do residencial Rui Pimentel, no bairro Centro Oeste, afirmam que o GCM (Guarda Civil Metropolitano) que disparou contra um jovem de 18 anos em surto psiquiátrico foi alertado com gritos da condição de saúde da vítima.
O rapaz foi atingido com um tiro na região do tórax na tarde deste sábado (9) após entrar em surto e estar portando uma faca. Na ocasião, uma guarnição da GCM acompanhava uma equipe da Amhasf (Agência Municipal de Habitação e Assuntos Fundiários) no local. A vítima foi conduzida para a Santa Casa de Campo Grande.
“Quando ele chegou perto da viatura, a gente já gritou ‘Ele é especial! Ele é especial’. Muita gente gritou para alertar”, relatou uma moradora ao Jornal Midiamax. A síndica do residencial, Laiane Xavier, também destacou que o GCM ainda estava dentro da viatura quando o disparo foi feito. “Ele abaixou o vidro e fez o disparo”, acrescentou.
No residencial Rui Pimentel, os relatos são de indignação com o ocorrido. O pai da vítima, José Roberto Santos, afirmou que a reação foi desproporcional. “Ele tem só 18 anos, mas fala como uma criança de 7. Ele tem trabalho, ele é querido e conhecido por todo mundo aqui”, relatou.
Moradores também relataram que a convivência com o jovem é pacífica, mas detalharam que a vítima costuma fiar agitada quando viaturas policiais em escolta à Amhasf visitam o local.
Conceição da Silva dos Santos, que afirmou conhecer o rapaz desde pequeno, disse estar indignada com a situação. “Sempre cuidei desse menino, desde criança. Não é justo o que ele (o GCM) fez. Ele ainda ia dar outro tiro, mas não deu porque abracei o menino”, relatou. “Em vez de chamarem socorro, chamou mais policiais.
A reportagem do Jornal Midiamax constatou que, no local, haviam 10 viaturas, sendo duas do Corpo de Bomeiros (incluindo a URsa, que conduziu o rapaz à Santa Casa), três viaturas comuns da GCM, uma viatura avançada da GCM, além de duas viaturas da PM e mais duas do Batalhão de Choque.
O GCM permaneceu no local até a chegada do socorro, mas foi tirado do local na viatura, sob protesto dos moradores.
Por meio de nota, a GCM, que integra a Sesdes (Secretaria Especial de Segurança e Defesa Social), pontuou que realizará, na próxima segunda-feira (11), uma coletiva de imprensa para esclarecer o caso. Posteriormente, a coletiva foi cancelada e os esclarecimentos serão enviados por meio de nota oficial. A reportagem acompanha o caso.
* Alterado às 16h17 para acréscimos de informação.
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