Mais famílias de crianças atendidas por fonoaudiólogo preso por estupro procuram delegacia
Ele responde a 5 inquéritos policiais
Renata Portela, Marcos Tenório –
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Aproximadamente 20 crianças já foram ouvidas na Depca (Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente), em depoimento especial com acompanhamento de psicóloga, sobre o fonoaudiólogo Wilson Nonato, de 30 anos. Nesta semana, ao menos duas famílias procuraram a delegacia.
Conforme o delegado Marcelo Damaceno, as famílias seguem procurando a Depca, mas até o momento não foram confirmadas outras vítimas. Wilson é acusado até o momento do estupro de 5 meninos, com idades entre 2 e 8 anos. As outras crianças ouvidas na delegacia não chegaram a confirmar qualquer tipo de abuso.
No entanto, por serem crianças com dificuldades na fala, a orientação é de que a família busque acompanhamento com psicólogo. Sendo assim, não é possível afirmar que essas crianças não foram vítimas e os casos seguem em investigação. Até o momento, Wilson não confessou nenhum crime, mas também não teria negado os fatos.
Nos interrogatórios, ele permaneceu em silêncio, dizendo ainda que responderia apenas em juízo. Preso preventivamente, ele está detido no Presídio de Segurança Máxima da Gameleira. Conforme relatado anteriormente pela delegada titular da Depca, Fernanda Mendes, outros 20 profissionais trabalham na mesma clínica, de forma correta.
O espaço já realiza atendimentos há mais de 10 anos e logo após o ocorrido a proprietária solicitou instalação de câmeras de monitoramento nas salas e em todo ambiente. Sobre o fato de os pais não poderem participar das sessões, a dona da clínica esclareceu que esta proibição não existe e que isso era algo que apenas o fonoaudiólogo fazia.
Há suspeita de que ele tenha atendido ao menos 200 crianças desde que começou a trabalhar no local. Natural de Manaus, Wilson chegou em Campo Grande em abril de 2021 e logo começou a atender. Ele está preso desde o dia 9 de março, quando foi detido em flagrante por abusar de um menino durante a sessão de atendimento.
Wilson foi indiciado por estupro de vulnerável, crime que prevê pena de 8 a 15 anos. A Polícia Civil trabalha para tentar identificar outras possíveis vítimas do acusado e analisa uma lista de pacientes já atendidos por ele. Até o momento, todas as vítimas confirmadas do acusado são meninos.
Ele conquistava a confiança dessas crianças e oferecia recompensas, como doces. Durante os atendimentos, quando deitava os meninos na maca, passava a mão nos órgãos íntimos dos meninos. Em todos os inquéritos foi feito pedido de prisão preventiva do acusado. Famílias de crianças que tenham passado por atendimento com Wilson devem procurar a Depca, que fica localizada na Rua Dr. Arlíndo de Andrade, 145, no Amambaí.
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