Mãe fica proibida de se aproximar de menina de 5 anos que estava abandonada em bairro

Criança ficou dias desaparecida e foi encontrada por testemunhas na rua

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar
Caso é investigado na Depca – (Foto: Nathalia Alcantara/Jornal Midiamax)

Nesta sexta-feira (9), foi concedida liberdade provisória para a mulher de 32 anos, presa em flagrante na última quarta-feira (7) por abandono de incapaz. A filha, uma menina de 5 anos, estava desaparecida e ficou sozinha na rua por aproximadamente 5 dias até ser encontrada por testemunhas.

Conforme decisão do juiz Alexandre Antunes da Silva, na audiência de custódia, a mãe está proibida de manter contato com a criança ou de se aproximar, devendo manter distância mínima de 500 metros, exceto com expressa permissão. A mulher ainda demonstrou interesse voluntário em fazer acompanhamento de saúde.

Ela deve passar a frequentar o Caps (Centro de Atenção Psicossocial), para tratar o vício de drogas.

Polícia não identificou estupro em menina

Foi descartado estupro no caso da menina de 5 anos encontrada vagando em Campo Grande, após ficar desaparecida. De acordo com a delegada da Depca (Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente), Anne Karine, os sinais que levantaram a suspeita inicial de estupro seriam que a criança estava assada, por questões de higiene.

menina prestou depoimento na Depca
Delegada Anne – Foto: Henrique Arakaki/Midiamax

A menina ainda ficou sem comer, beber e tomar banho durante os 5 dias. A madrinha da menina foi até a delegacia na manhã desta sexta-feira (9) para pedir medidas protetivas contra a mãe. Ela contou ao Jornal Midiamax que a mãe sempre cuidou da menina, mas depois de um período passou a ser negligente e usava drogas com a companheira.

Ela ainda falou que ficou sabendo do paradeiro da menina após moradores da Favela de Deus compartilharem uma foto da criança e a seguinte mensagem: “Gente, essa criança foi encontrada andando aqui. Alguém conhece?”

Menina foi encontrada na rua

Equipes da Polícia Militar localizaram a mãe da criança e, questionada sobre o paradeiro da menina, a mulher deu respostas contraditórias, dizendo que a filha era arteira e que desaparecia sempre. A suspeita estaria sob efeito de drogas, segundo os policiais, e depois ainda disse que achava que a menina estava com os padrinhos.

Os policiais foram até o endereço dos padrinhos da criança e tiveram a informação de que a menina ficou 5 dias desaparecida. A foto dela foi divulgada em grupos de WhatsApp após testemunhas encontrarem a criança sozinha na rua, com fome, em situação de abandono.

A menina foi recolhida pela madrinha, levada para casa e, no banho, reclamou de dores no órgão genital, levantando a suspeita de que teria sofrido abusos. A mãe acabou presa em flagrante por abandono de incapaz e o caso foi registrado na delegacia como abandono e também estupro de vulnerável.

Conteúdos relacionados