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Polícia

Júri popular de taxista acusado de tentar matar esposa a tiros após desconfiar de traição é adiado

Advogado de defesa tinha um júri nesta quarta com outro réu preso em outra comarca
Marcos Tenório -
Réu optou por responder apenas perguntas da defesa. (Foto: Henrique Arakaki - Jornal Midiamax)

O júri popular do taxista de 31 anos, réu por tentativa de feminicídio contra a esposa em agosto de 2020, no Bairro Cabreúva, que estava sendo realizado nesta quarta-feira (22), em , foi transferido para o dia 27 de julho, ou seja, daqui 35 dias. O advogado de defesa tinha um júri com outro réu preso em outra comarca.

Advogado de defesa pediu ao juiz Aluízio Pereira dos Santos que houvesse o adiamento do júri desse réu que é solto, o que foi concedido. Com isso, o juiz Aloísio acatou o pedido e transferiu o julgamento para mês que vem.

Réu é acusado de disparar cinco vezes contra a vítima após desconfiar de uma suposta por mensagens de celular.

Júri de hoje

A vítima — que era uma das testemunhas arroladas para o júri de hoje — disse que a arma do marido ficava sempre “com as balas para fora, e já carregada”, e que durante a briga “ele não carregou o revólver”. Ela justificou que o réu adquiriu a arma para defesa.

Ela negou as acusações feitas durante as audiências ao longo do processo, e afirmou que conviviam há 15 anos, e chegaram a discutir várias vezes. “A convivência era tranquila, mas por várias vezes eu e ele tivemos agressões sim. Eu ia para cima dele e ele se defendia”, afirma.

Ela o classificou como “belo homem” e disse que acionou a Defensoria Pública para retirar a medida protetiva contra ele, além de ter tentado, por duas vezes, visitá-lo na prisão, sem sucesso devido ao processo que ainda estava sem julgamento. A vítima contratou um advogado e voltou a morar com o réu.

Réu participa de júri popular. (Foto: Henrique Arakaki – Jornal Midiamax)

Questionada pelo juiz Aluízio Pereira dos Santos se o réu a ameaçou de morte no dia do crime, ela respondeu: “no momento da raiva até eu falaria, qualquer um acaba falando o que não quer”. Já o réu, durante seu depoimento, optou por responder apenas às perguntas da defesa.

Segundo ele, a suposta traição teria sido descoberta quando ele pegou o celular dela e olhou as mensagens. “Naquela tarde eu busquei ela no serviço normal, como sempre fazia, trouxe em casa e continuei mexendo nas mensagens no e ouvindo música. Após 30 minutos fui no quarto conversar e perguntei o que estava acontecendo, disse ‘por que você está me traindo?’. Ela começou a rir de mim e me chamar de corno (sic)”, relatou.

Ainda conforme explicado pelo réu, ele teria dito que iria se matar e colocado o revólver em sua própria cabeça, momento em que a vítima teria puxado a arma e, segundo ele, um disparo teria atravessado o braço e “resbalado no braço dela (sic)”.

“Ela entrou em desespero, pediu ‘perdão, perdão, perdão’, colocou uma bermuda no meu braço e pediu para que eu subisse na moto, falou ‘vai, foge, depois você volta, a polícia vai vir por causa do barulho do tiro’. Eu passei na casa da minha e pedi para o meu pai levar ela no posto, porque estava com o olho machucado”, disse durante sua versão dos fatos.

O acusado confessou ter dado três tapas no rosto da vítima, causando lesões, mas negou ter tentado matá-la, porque “ela era mãe de seus filhos”. “Eu não precisaria de arma para matar ela, pelo tamanho dela, e não deixaria meus filhos órfãos”, alegou.

Relembre o caso

Conforme a denúncia do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), por volta das 16h do dia 27 de agosto de 2020 o casal estava na residência onde moravam, no Bairro Cabreúva. Desconfiado de uma suposta traição, o acusado teria trancado todas as portas, ligado o aparelho de som no volume alto e questionado a vítima. Em seguida, teria xingado-a, dizendo que a mataria e a empurrado sobre a cama, agredindo-a com socos na região do olho esquerdo.

Na tentativa de se defender, a vítima teria chutado as partes íntimas do marido. Ele teria pego uma arma de fogo que estava escondida, apontado para ela e dito “vou matar você e os filhos (sic)”. O casal tem três filhos em comum.

Ainda segundo a denúncia, o acusado teria segurado o braço da vítima e acionado, cinco vezes, a arma de fogo em direção à cabeça da vítima, mas a arma teria falhado e efetuado apenas um disparo, que a atingiu de raspão no braço e no antebraço dele. Ela teria conseguido desviar no momento do disparo.

Após o crime, o MPMS afirma que ele teria evadido da residência na motocicleta da vítima Honda Titan. Ele foi denunciado por tentativa de homicídio qualificado por motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima.

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