Polícia Civil de Corumbá, a 444 quilômetros de Campo Grande, e Marinha do Brasil concluíram inquérito sobre o acidente com a embarcação Carcará. A embarcação naufragou em 15 de outubro de 2021, durante tempestade no Rio Paraguai, matando 7 pessoas.
Conforme os dados do inquérito, a conclusão é de que o comandante teria agido com imprudência. Isso, porque ele não teria adotado atitudes proativas para garantia da segurança da navegação.
Conforme os documentos obtidos pelo site Olha Goiás, o comandante não fez a consulta meteorológica, não aguardou a melhora do tempo, entre outras ações que poderiam evitar o naufrágio.
Assim, a associação responsável pelo barco pode responder civilmente pelo ocorrido. O trabalho de investigação da Polícia Civil e Marinha concluiu que o comandante teria percebido ‘o tempo se formando’.
Neste momento, ele desceu até a praça de máquinas com o objetivo de aumentar a rotação do motor “visando chegar em Corumbá antes da tempestade que se aproximava, levando em conta que estavam a menos de 5 km de distância do ponto de atracação”, explica a Marinha.
“A causa determinante do emborcamento da embarcação Carcará foi a imprudência do sr. Vitor Celestino Francelino, Comandante, por, como principal de bordo, não ter buscado tomar conhecimento das previsões meteorológicas disponíveis antes de iniciar a singradura e durante a viagem, tentando chegar em Corumbá/MS, mesmo ciente dos evidentes sinais de mau tempo, como aumento da intensidade do vento, do estado do rio e da precipitação”, concluiu a Marinha.
“Concluem que a causa determinante para o acidente e consequentes óbitos foi a imprudência de Vitor Celestino Francelino, que conduziu a embarcação mesmo ciente das previsões de mau tempo, deixando de executar manobra que seria capaz de garantir a segurança dos tripulantes e passageiros”, concluiu a Polícia Civil de Corumbá.
Além do comandante Vitor, outras 6 pessoas morreram no acidente. Geraldo Alves de Souza, de 78 anos, Olímpio Alves de Souza, de 71, Fernando Gomes de Oliveira, de 49 anos, e o filho dele, Thiago Souza Gomes, de 18 anos, além de Fernando Rodrigues Leão, de 44 anos, eram moradores em Rio Verde (GO).
Mauro Rodrigues Canavarro, de 49 anos, que era morador em Corumbá, também morreu no acidente.
