Homem que matou Edione após se negar a pagar programa sexual ameaçou testemunhas

Suspeito era conhecido na região por oferecer drogas para mulheres em troca de programas sexuais

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Edione foi vítima de feminicídio – Reprodução/Facebook

Autor do feminicídio de Edione Bersocana, de 43 anos, espancada e estuprada no dia 6 de junho, no bairro Tiradentes, em Campo Grande, ameaçou testemunhas e é considerado foragido. A vítima morreu quase um mês depois, na noite do último domingo (3), no Hospital Santa Casa.

“Ameaçou as testemunhas do nosso caso”, relatou a delegada Anne Karine Trevizan, titular da 4ª Delegacia de Polícia Civil, sobre o autor do crime, um homem de 33 anos. Ela também disse que o criminoso não tinha nenhuma relação com Edione, mas, mesmo assim ele responderá pelo feminicídio, por agir em menosprezo à condição de mulher da vítima.

O suspeito era conhecido na região por oferecer drogas para mulheres em troca de programas sexuais. “Ela foi usar droga e não fazer programa, por isso agiu com tamanha violência”, afirmou. Edione vivia com o filho, tinha um lar e suporte familiar, mas era dependente química.

Naquele dia 6 de junho, ela foi até a creche abandonada no Tiradentes, onde acabou encontrando o autor. As agressões levaram a vítima a sofrer traumatismo craniano.

Ainda conforme a delegada Anne, o suspeito tem várias passagens por tráfico de drogas, roubo, furto e violência doméstico. Os filhos da vítima já foram ouvidos na 4ª Delegacia e o caso segue em investigação. Autor é considerado foragido.

Edione morreu na Santa Casa

Conforme a Santa Casa, Edione sofreu politrauma e passou por neurocirurgia por conta de um edema cerebral. Ela estava sob cuidados paliativos na enfermaria, mas sofreu parada cardiorrespiratória, falecendo às 21h07 de domingo.

No dia 6 de junho, ela foi encontrada por populares com vários ferimentos e sem as roupas. Polícia Militar e Corpo de Bombeiros foram acionados e a vítima socorrida já em estado grave.

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