Ainda na terça-feira (21) foi determinada liberdade provisória da mulher de 36 anos, presa em flagrante após a execução de João Paulo Albuquerque, de 28 anos, e tentativa de homicídio do rapaz de 27 anos. Ela foi detida por armazenar droga em casa e, grávida de 39 semanas e perto de ter o bebê, conseguiu a liberdade.

Conforme a decisão do plantonista Luiz Felipe Medeiros Vieira, foram verificados os laudos médicos anexados aos autos pela defesa da mulher, que apontam que ela está na fase final da gestação que inspira cuidados. Considerando a saúde dela e do bebê, foi concedida a liberdade provisória, sendo expedido alvará de soltura ainda na terça.

Negou relação com execução

Na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Cepol, a mulher alegou que não estava ficando em casa e que estava na residência dos pais há aproximadamente quatro dias. Além disso, afirmou que não conhece as vítimas e que soube dos crimes através da mídia, negando que saiu correndo de casa após o assassinato.

A mulher foi detida após ser vista por testemunhas correndo de casa e entrando na casa dos pais. Na residência da suspeita foram encontrados 14 fardos de maconha, totalizando 346 quilos da droga. Ela relatou que nunca foi presa, mas que responde a processo por tráfico.

Grávida foi detida em flagrante

Droga estava na residência da mulher grávida
(Divulgação)

Segundo o Batalhão de Choque, a droga apreendida na casa da mulher foi avaliada em R$ 519 mil e também foram encontrados balança de precisão e objetos para embalar a droga, como fitas adesivas, sacolas plásticas e plástico filme.

João Paulo e o rapaz de 27 anos foram vistos saindo da casa da mulher momentos antes da execução. Eles estavam em um Ford quando foram alvos dos disparos, feitos por dois homens em uma motocicleta.

Dentro do carro foram encontradas armas de fogo e balaclavas. Presa, a grávida negou que conhecia as vítimas. Ela prestou esclarecimentos acompanhada dos advogados Vlandon Xavier Avelino e Amilton Ferreira de Almeida e, sobre o tráfico, permaneceu em silêncio.

Passagens de João Paulo

João Paulo tinha várias passagens pela polícia. majorado, onde ele acabou fazendo uma família refém, porte de arma e lesão corporal dolosa. Em três meses, João Paulo participou de quatro roubos, sendo que em um deles manteve uma família refém.

Os crimes foram praticados entre os meses de fevereiro e abril de 2018. João também tinha passagens por tráfico. Em um dos roubos, no dia 12 de abril de 2018, ele invadiu uma residência com mais dois comparsas, todos encapuzados. Na casa, estavam o casal e as crianças.

O casal foi amarrado com fios de arame e obrigado a ficar olhando para o chão. Os criminosos estavam atrás de R$ 60 mil que achavam que havia dentro de um cofre, mas só havia o valor de R$ 6 mil. João e seus comparsas ainda tomaram suco na casa das vítimas e fizeram o morador beber pinga com eles.

Foram levados da casa vários objetos, como televisões, notebooks e celulares.

Perseguição e morte

Os atiradores estavam em uma motocicleta, fugiram logo após o crime e não foram identificados. Do local, foram recolhidas cerca de 13 cápsulas. Dentro do carro estava uma arma e duas balaclavas. No interior do veículo foram localizados três projéteis, além de um par de luvas de cor preta e dois aparelhos celulares.

O carro usado pelas vítimas não tinha restrição de furto ou roubo. No lado do passageiro havia uma arma de fogo de calibre .9mm com um carregador, contendo 13 munições intactas. Com João Paulo Lima foi encontrada, em sua cintura, uma arma de fogo de calibre .380 com um carregador, contendo 15 munições intactas, e no bolso esquerdo da frente de sua calça foi localizado outro carregador, contendo oito munições intactas de calibre .380.