Duas mulheres e um homem foram presos, suspeitos do assassinato de Alonso Cabreira, de 89 anos, nesta terça-feira (30). Ele foi encontrado morto na pedreira da Aldeia Bororó, mesmo local onde a filha Raíssa da Silva Cabreira, de 11 anos, também foi assassinada.

Conforme as primeiras informações da polícia, os três filhos foram levados para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário), onde são ouvidos. Eles ainda não confessaram o crime.

Há suspeita de que Alonso tenha sido morto a facadas, mas não jogado de cima da pedreira, como a filha Raíssa. Ele tinha ferimentos na cabeça e corte no rosto.

Além das prisões, uma quarta pessoa é procurada pelo SIG (Setor de Investigações Gerais).

Idoso encontrado morto na pedreira

Alonso estava desaparecido desde segunda-feira (28). Ele teria almoçado na casa do filho naquele dia e o rapaz é apontado como principal suspeito do assassinato.

No corpo do idoso foram identificadas facadas na cabeça e cortes no rosto. Alonso é pai de Raíssa da Silva Cabreira, de 11 anos, que foi estuprada e assassinada brutalmente na mesma pedreira.

O tio da menina foi preso na época e encontrado morto no Presídio Estadual de Dourados dias depois.

Raíssa foi morta na pedreira

A menina não morava com a mãe e o tio estava dormindo, bêbado, quando ela foi arrastada por adolescentes, também apreendidos, por volta das 22 horas do dia 8 de agosto de 2021.

Até o horário que indígenas da Aldeia Bororó encontraram o corpo dela, caído de um paredão de 20 metros, passaram-se cerca de 8 horas.

Ainda conforme a Polícia Civil, o tio foi procurar Raíssa porque ela não estava em casa. Dois dos três adolescentes apreendidos levaram a menina de casa, a força.

“Ao que se sabe ela estava gritando e pedindo ajuda. O tio chegou ao local quando tudo já estava ocorrendo”, afirmou o delegado Erasmo Cubas, então do SIG (Setor de Investigações Gerais) de Dourados.

Além do tio e dos adolescentes, Leandro Pinosa, de 20 anos, foi preso. O tio que já abusava da menina desde os 5 anos dela, flagrou o momento em que os quatro acusados do crime estupravam a menina.

Ele acabou participando da sessão de estupro contra a sobrinha que havia sido arrastada para o local pelos autores, que planejaram o crime de estupro.

Ainda de acordo com o delegado, os acusados embebedaram a criança para continuar a cometer os abusos. Quando ela recobrou a consciência e tentou se desvencilhar dos autores, foi arrastada para a beirada da pedreira.

A menina teve os braços quebrados quando tentava se defender e foi jogada viva de uma altura de 20 metros. Três adolescentes, o jovem e o tio da criança foram detidos e levados para a delegacia.

Quando o tio foi questionado sobre os motivos que o levaram a cometer o crime, ele disse que estava bêbado. O laudo do exame feito na vítima constatou o estupro. Ela tinha lacerações nos órgãos genitais.