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Polícia

Família pede fim de registro de enfermeiro que estuprou no HRMS e outra audiência é marcada

Nova audiência, com a data a ser marcada, deverá julgar cassação do registro profissional do enfermeiro
Mirian Machado -
Coren-MS (Foto: Arquivo, Midiamax)

A família da vítima de estupro dentro do Regional em pede o cancelamento do registro da profissão do autor, um enfermeiro de 52 anos. A audiência aconteceu na manhã desta quinta-feira (15) no Coren (Conselho Regional de Enfermagem de MS).

A mãe da vítima contou ao Jornal Midiamax que os advogados de ambas as partes falaram e detalharam o caso. “O advogado dele pede que ele seja inocentado. Nós pedimos a cassação do registro dele. Eu creio em Deus e no trabalho sério do Coren. Será marcado uma nova audiência onde será decidido sobre o registro dele”, explicou a mulher.

Ainda segundo relato da mãe, o homem continua negando os abusos. “Contra fatos não há argumento”, concluiu, informando que ainda será definida a data da nova audiência.

Devido ao trauma, a vítima enfrenta vários problemas psicológicos e precisa fazer tratamento constante com psicólogo, bem como psiquiatra. Além disso, a mãe ressalta que a filha desenvolveu distúrbios, não consegue sair à noite e só frequenta a igreja hoje em dia.

O crime aconteceu em fevereiro de 2021, quando a vítima estava internada no hospital em Campo Grande.

O enfermeiro passa por julgamento pela Comissão de Ética do Coren, após as acusações de estupro de vulnerável. Esse julgamento acontece um ano e 10 meses depois que o crime aconteceu, enquanto o profissional trabalhava.

Sobre o crime

A vítima foi internada no HRMS em 2 de fevereiro de 2021 com sintomas de Covid-19. Dois dias depois, na madrugada do dia 4, às 3 horas, ela foi estuprada pelo enfermeiro após reclamar de problemas para respirar.

Consta nos autos do processo que a vítima estava com dores e o enfermeiro teria arrumado o oxigênio. Depois, com um óleo, passou a massagear a mulher e a estuprou. Às 5h30, a vítima relatou o ocorrido para a mãe.

Pouco tempo depois, a mulher foi até a (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) e registrou boletim de ocorrência por estupro. O hospital também foi acionado sobre o ocorrido.

Assim, no dia 6 de fevereiro, a vítima começou o tratamento psicológico, ainda no hospital. Já no dia 9 foi encaminhada ao Centro de Atendimento à Mulher e também recebeu alta hospitalar.

No dia seguinte, dia 10 de fevereiro de 2021, a vítima foi ouvida na Deam. Lá, confirmou os fatos denunciados e o caso chegou até a Comissão de Direitos Humanos da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Seccional de Mato Grosso do Sul. Com isso, foi solicitada providência por parte do Coren.

Estupro foi denunciado e enfermeiro se tornou réu

Ainda naquele mês, no dia 18, a vítima foi até a Deam novamente para acareação. Então, reconheceu o enfermeiro denunciado como autor do estupro.

Em 7 de maio, o inquérito policial foi finalizado e encaminhado ao Ministério Público de Mato Grosso do Sul, que ofereceu a denúncia em 18 de novembro. A denúncia foi recebida e o acusado se tornou réu por estupro de vulnerável.

Agora, na quinta-feira, a presidência do Coren irá julgar o processo ético-disciplinar em que o enfermeiro consta como autor de estupro. Além dele, participarão a mãe da vítima e a vítima.

O processo tramitava na Vara da e Familiar, no entanto, por não configurar violência doméstica, agora está na 3ª Vara Criminal. Audiência está marcada para o início de 2023.

Relatos de terror

A vítima relatou os momentos de terror que viveu no hospital quando foi abusada pelo enfermeiro. “Tentei me jogar da cama e fazer barulho [para chamar a atenção]. Estávamos no sétimo andar e tinha grade na janela, mas a vontade que tinha era de me jogar de lá, para que ele não continuasse. Tive medo de que subisse em mim. A senhora que estava na cama do lado estava apagada [por isso não ouviu]”, relatou sobre os abusos sofridos.

Alegando que iria passar um óleo pelo corpo dela, sob a justificativa de que iria melhorar a respiração e evitar lesões, o homem a violentou. Primeiro, espalhou a substância pelas costas dela e, em seguida, começou a tocá-la nas partes íntimas.

Mesmo sem forças, ela reagiu e se debateu. Porém, a paciente entrou em colapso, momento em que chegou uma enfermeira ao quarto. A mãe conta que a enfermeira que havia acabado de entrar no quarto, não teria percebido que a paciente tinha sido abusada.

Ela recebeu atendimento e, após ser medicada, conseguiu ligar para a mãe pouco antes do início da manhã do mesmo dia. A mãe relata que foi imediatamente ao Hospital Regional e, no mesmo dia, procurou a polícia para registrar o boletim de ocorrência.

Na época, a paciente foi transferida para outro quarto, em andar diferente do hospital, onde recebeu alta no dia 9 de fevereiro.

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