Executado na Nhanhá descumpriu monitoramento por tornozeleira mais de 100 vezes

Ele respondia a processo por tráfico de drogas em liberdade

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Local onde Rafael foi assassinado – Foto: Henrique Arakaki, Midiamax

Executado a tiros na madrugada desta segunda-feira (6), Rafael Costa Soares Silva, de 21 anos, respondia a processo por tráfico de drogas em liberdade, com imposição de medidas cautelares. Ele usava tornozeleira eletrônica e descumpriu a medida de monitoramento 111 vezes.

No fim de maio, o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) chegou a pedir a prisão preventiva de Rafael, pelos descumprimentos ao monitoramento eletrônico por meio da tornozeleira. Ofício da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) aponta 111 faltas por parte do rapaz.

Com isso, foi informado que Rafael estava descumprindo as determinações impostas pelo Poder Judiciário, já que estava em liberdade provisória devendo cumprir as medidas cautelares. O pedido de prisão não chegou a ser apreciado.

Preso por tráfico de drogas

Rafael foi preso em flagrante em 7 de outubro de 20201, na Nhanhá, por tráfico de drogas. Ele levava 8 porções de cocaína, R$ 116,50 e um celular. Naquele dia, ele foi abordado por policiais militares após perceber a viatura se aproximar e tentar fugir.

A droga foi apreendida no bolso da calça do acusado, que conforme a denúncia do MPMS confessou o tráfico. Ele foi preso em flagrante, mas depois teve a prisão convertida nas medidas cautelares, sendo o monitoramento por tornozeleira eletrônica, comparecimento mensal em juízo, não mudar de residência sem aviso prévio nem se ausentar por mais de 8 dias, recolhimento domiciliar noturno e comparecer a todos atos do processo.

Executado na Nhanhá

O crime aconteceu por volta das 4 horas no cruzamento da Rua Sol Nascente com Pirineus. Informações preliminares são de que a Polícia Militar foi acionada e, ao chegar ao local, encontrou o rapaz caído no chão agonizando. Ele foi alvejado com três tiros, sendo um nas costas, outro nas nádegas e um no braço.

Quando os militares questionaram o rapaz sobre quem teria atirado, ele respondeu: “Aqui não posso falar”. Ele foi socorrido pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e levado para a Santa Casa, mas morreu logo em seguida. Testemunhas contaram que ouviram uma moto barulhenta antes do rapaz ser executado.

Execuções recentes em Campo Grande

Dono de lava-jato foi executado
(Foto: Henrique Arakaki, Midiamax)

Na semana retrasada, em seis dias, três homens acabaram executados nas ruas de Campo Grande e durante o dia. No dia 27 de maio, o dono de um lava-jato na Avenida das Bandeiras, Luiz da Conceição Tierre foi morto em frente ao seu estabelecimento com um tiro na cabeça e um eletricista de 33 anos, Adriano Medeiros, que apenas passava pelo local também acabou morrendo.

No dia 21 de maio, Rikelmy Lorran Figueiredo, de 22 anos, também foi executado a tiros no Bairro Aero Rancho, quando estava saindo de uma festa na casa de amigos pela manhã. Ele ainda tentou correr pelas ruas do bairro, mas acabou atingido pelos tiros. Os autores do crime acabaram presos e um confessou outros homicídios na cidade.

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