Kaio Humberto Gomes dos Santos e Flávio Vinícius Ferreira foram a julgamento nesta quarta-feira (27) pelo assassinato de Sônia Estela Flores, morta por engano no Bairro Jardim Noroeste, em Campo Grande, em 2020. Em depoimento, Kaio chegou a dizer que “não tinha coragem de matar ninguém’, negando a autoria do crime. 

Kaio ainda disse que não fazia mais parte da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) já que havia sido excluído por não ter dinheiro para as mensalidades. Ele ainda falou que no dia do crime estava trabalhando com seu pai em uma obra, e não sabe por que foi preso e nem quem matou Sônia. 

Mateus que estava com Sônia no dia do crime afirmou, na época, que Kaio seria o autor dos disparos que mataram a vítima. Flávio também negou fazer parte da facção criminosa, e falou que conhecia Mateus da infância, e que ele tinha uma rinha de galos.

Flávio ainda falou que não mandou matar ninguém e que na época do assassinato estava doente com tuberculose. 

Atitudes reprovadas pelo PCC

Na época, o alvo da execução seria o marido de Sônia, que teria praticado atitudes reprovadas pelo PCC (Primeiro Comando da Capital), dentre elas o assassinato de um membro da organização, bem como ser suspeito de estupro. A mulher foi morta a tiros na Rua Adventor Divino de Almeida.

Na data dos fatos, um dos autores estava armado, a bordo de uma moto pilotada por Crevan. Eles se aproximaram do automóvel conduzido pelo alvo principal, que levava a esposa. No entanto, os pistoleiros erraram e acabaram matando a mulher a tiros. O marido dela estava jurado de morte, motivo pelo qual uma das lideranças deu a ordem de execução.

Ele arquitetou o plano de dentro do presídio e teria apoio de Sidnei, que monitorava a vítima. No dia do homicídio, informações sobre o paradeiro foram enviadas a Alisson, que também auxiliava no monitoramento, e ao autor que segue foragido, que foi o responsável por apontar onde o carro das vítimas estava.