Tramita no TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) processo contra diretor de uma escola municipal em por assédio sexual e moral contra uma professora. A denúncia inicial chegou à Polícia Civil em setembro de 2021.

Conforme apurado pelo Jornal Midiamax, duas professoras procuraram a Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) e relataram que foram assediadas pelo então diretor da escola. Além de assédio sexual, teria ocorrido assédio moral.

No registro da ocorrência consta informação de que o acusado apresentava conduta inadequada e mantinha conversas fora do horário, além de fazer insinuações, tentando manter relações de flerte com as professoras.

O caso foi remetido ao (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), que ofereceu denúncia contra o diretor. Uma das vítimas acabou desistindo da denúncia e teve o procedimento arquivado. No entanto, há relato de que outras funcionárias também já tinham feito relato semelhante, mas não chegaram a procurar a polícia.

Ao Midiamax, a professora concursada contou que o diretor a seguiu em uma rede social e sempre interagia, curtindo e comentando fotos, mas não era respondido. A vítima chegou a bloquear o acusado, que então passou a usar o perfil da escola para continuar interagindo com a professora.

Mesmo assim, o diretor segue em atividade. A (Secretaria Municipal de Educação) informou em nota que foi instaurado procedimento administrativo para apurar a denúncia e os fatos em abril de 2021. Ou seja, já havia denúncia pelos mesmos fatos anteriores ao da vítima que procurou a Polícia Civil em setembro.

No âmbito administrativo não ficou comprovada a conduta de assédio sexual e moral por parte do servidor no processo em questão, no ambiente escolar ou no exercício de suas funções. Na época do registro do caso, para preservar ambas as partes, o servidor foi afastado de suas funções pelo período legal e no retorno foi remanejado para outra unidade escolar, onde atualmente exerce suas funções.”, diz a nota.

Laudo apresentado pela vítima, assinado por psiquiatra, aponta que ela apresenta quadro de depressão com pânico desencadeados no ambiente laboral. “O quadro é compatível com uma síndrome traumática emocional, resultado de pelo menos um ano de assédio sexual e laboral”, consta no documento.

A vítima chegou a relatar que, após a denúncia, passou a sofrer perseguição por parte do diretor. Ele teria inclusive recebido advertência pela Semed, informação que constaria nos autos do processo. O caso segue em investigação e tramita em segredo de Justiça.