Detento que fugiu da Máxima matou por causa de pipa e foi preso em 2018 com armas
Na época ele já tinha um mandado por homicídio
Renata Portela –
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Ermerson Siqueira da Silva, 35 anos, foi preso em novembro de 2018 com o pai e o irmão, portando ilegalmente arma de fogo. Ele fugiu na madrugada deste sábado (4) do Presídio de Segurança Máxima de Campo Grande, o Estabelecimento Penal Jair Ferreira de Carvalho.
Os três homens presos em 2018 foram acusados do homicídio, cometido em Pernambuco. Eles foram encontrados em uma casa no Bairro Maria Aparecida Pedrossian, com armas de fogo. O crime teria acontecido poucos meses antes, em 10 de agosto, e o trio se escondia em Campo Grande.
Na época, a polícia esclareceu que os três acusados já tinham feito entrevistas de emprego para começarem a trabalhar em uma construtora da cidade. Um dos presos na época era funcionário do Poder Judiciário de Petrolina.
O homicídio teria acontecido após o filho da vítima contar que tinha sido agredido com tapas pelo filho de um dos acusados, quando soltava pipa na frente da casa dos suspeitos. Um dos homens foi tirar satisfação e teve início a briga.
Em determinado momento, Ermerson – que na época já tinha um mandado de prisão por homicídio em Goiás – saiu armado e fez os disparos, matando o homem.
Preso se escondendo em Campo Grande
Na tarde do dia 28 de novembro de 2018, os policiais do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco e Resgate a Assaltos e Sequestros) flagraram os suspeitos na casa, com duas armas de fogo. Foram apreendidos naquele dia um revólver calibre 38 e uma pistola .380, além de carregadores e munições.
Preso em flagrante, Ermerson chegou a confessar que comprou as armas de fogo de um desconhecido em Uberlândia (MG), pagando R$ 4 mil e R$ 2 mil. Foi arbitrada fiança na época, mas os irmãos permaneceram presos, sendo liberados aproximadamente um ano depois, mediante revogação da prisão preventiva.
Ermerson foi condenado em maio de 2020 a cumprir um ano de detenção, em regime aberto, pelo porte ilegal de arma de fogo. Pelo homicídio, ele seguia cumprindo pena no Presídio de Segurança Máxima e também se tornou réu por roubo cometido em julho de 2021, em uma propriedade rural de Jaraguari.
Fuga da Máxima
Segundo detalhes repassados pela Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), os três detentos – Ermerson, Agapto Cesar Machado Esquivel e Carlos Wellington Avelar dos Santos – serraram as grades da cela 121, do Pavilhão 2.
Assim, os presos fugiram pela muralha e os policiais penais ainda conseguiram perceber pelas câmeras de monitoramento a tentativa de fuga. O alarme foi acionado e Agapto e Carlos foram capturados. Os dois tinham ferimentos da tentativa de fuga.
Já Ermerson conseguiu fugir e não foi identificado o caminho que ele seguiu. O caso segue em apuração e equipes seguem em buscas pelo detento.
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