Desaparecimento de mulheres indígenas ainda não tem registro policial e PF apura denúncia

Caso também é acompanhado pelo Conselho Missionário Indigenista

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Grupos de entidades de direitos humanos visitaram área de conflito na fronteira (Foto: Cimi)

O suposto desaparecimento de duas mulheres indígenas no município de Amambai, a 355 km de Campo Grande, ainda não foi confirmado pela polícia. O caso foi denunciado pela ONG ‘Kuñangue Aty Guasu’ na segunda-feira (30) em suas redes sociais e, segundo a entidade, pode estar ligado aos conflitos com produtores rurais na região da fronteira com o Paraguai.

Ainda de acordo com informações levantadas pela reportagem do Midiamax nesta terça-feira (31), uma ocorrência teria sido formalizada da Delegacia da Polícia Federal de Ponta Porã, mas segundo a assessoria de comunicação da PF, não existe registro de que alguém tenha procurado a instituição. Além disso, nenhum documento a respeito do assunto foi entregue.

A reportagem do Midiamax apurou que até o momento nenhuma denúncia foi registrada, nem na Polícia Civil, nem na Delegacia da Polícia Federal de Ponta Porã. O MPF (Ministério Público Federal) também não foi acionado a respeito do caso.

Segundo a ONG, as mulheres teriam sido arrastadas pelo milharal e gritos foram ouvidos do galpão onde ficaria a segurança privada dos proprietários. Entretanto, apesar da denúncia da ‘Kuñangue Aty Guasu’, outras entidades como o Cimi (Conselho Missionário Indigenista) acompanham o caso e também apuram a veracidade da denúncia.

Suposto desaparecimento

Atém o momento também não existem indícios que o suposto sequestro dessas duas mulheres esteja ligado ao assassinato do indígena Alex Recartes Vasques Lopes, de 18 anos, em Coronel Sapucaia.

Sua morte gerou tensão na região e motivou a retomada de uma área indígena na cidade de Coronel Sapucaia. O caso é investigado pela Polícia Federal e também é acompanhado pelo MPF.

Na semana passada um grupo de representantes de diversas entidades defensoras dos direitos humanos, estiveram no local para prestar solidariedade aos indígenas da retomada Jopara. Eles reafirmam pedidos para que as autoridades federais investiguem o caso.

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