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Polícia

Deputado paraguaio denunciado pelo MPF no Brasil queria empregar agentes envolvidos em fuga de presidio na fronteira

Parlamentar, que é acusado de falso testemunho para arrumar álibi para traficante brasileiro pediu cedência de 12 agentes da penitenciária de Pedro Juan Caballero
Marcos Morandi -
Agentes envolvidos foram afastados da penitenciária (Foto: Marciano Cândia)

O conselheiro departamental do , cargo equivalente a deputado estadual, Luiz Alberto Guilén Zarate, denunciado pelo MPF (Ministério Público Federal) do Brasil por testemunho em favor do traficante Weslley Neres dos Santos, o ‘Bebezão’,  também tentou beneficiar 12 agentes penitenciários envolvidos em de massa  do presídio de Pedro Juan Caballero, em janeiro de 2020.

A reportagem do Midiamax teve acesso aos documentos enviados pelo parlamentar paraguaio ao Ministério da Justiça. No documento ele solicita a liberação de oito pessoas que foram afastadas de suas funções. Elas são investigadas por suposta facilitação da fuga de 79 presos. Alguns deles pertencentes às organizações criminosas como PCC (Primeiro Comando da Capital) e também CV (Comando Vermelho).

“O conselheiro departamental do Governo de Amambay (Luis Guillén), que também foi o advogado de Minotauro (Sergio de Arruda Quintiliano Neto) e é o mesmo que pede o comissionamento dos funcionários”, disse à ministra da Justiça Cecícilia Perez durante entrevista ao canal de TV Telefuturo.

Nos dois documentos encaminhados ao Ministério da Justiça, Luiz Alberto Guilén Zarate, que assina na condição de presidente do Conselheiro Departamental do Paraguai. O primeiro é datado de 27 de outubro de outubro de 2020 e menciona uma lista com 8 nomes.  Já o segundo, que foi enviado em 13 de novembro, identifica mais 4 pessoas.

Nos ofícios devidamente timbrados, o parlamentar justifica a cedência dos 12 agentes acusados de terem participado da facilitação da fuga em massa, envolvidos e justificou a cedência dos mesmos por ‘falta de funcionários’ na Junta Departamental. Entretanto, os dois pedidos foram indeferidos à época pela ministra da Justiça, apesar da aprovação da Junta, que é equivalente a uma assembleia legislativa estadual brasileira.

Deputado enviou dois ofícios ao Ministério da Justiça do Paraguai (Reprodução)

Falso testemunho

Durante depoimento como testemunha de Wesley Nerez dos Santos, o ‘Bebezão’, o parlamentar afirmou ser chefe de pessoal/recursos humanos na empresa San José Service, situada na cidade de Villa Rica, no Paraguai. À 1ª Vara da Justiça Federal de , Zarate disse que Weslley trabalhava nesta empresa e estava morando na cidade de Presidente Franco, no Departamento de Alto Paraná, perto de Ciudad del Este, onde havia um polo da empresa e no qual o réu fazia entregas, além de pagamentos.

Segundo informações constantes na denúncia a que reportagem do Midiamax teve acesso, ao ser questionado de sua profissão, no início de seu depoimento, Luiz Alberto Guilén Zarate não fez menção que era advogado nem que exercia o cargo de Conselheiro Departamental de Amambay. Tal informação só foi revelada depois de questionado pelo MPF.

Somente no decurso da audiência é que o denunciado teria afirmado que era advogado, mas que, entretanto, não exercia a profissão e que seu cargo político no Paraguai era equivalente ao cargo de deputado estadual no Brasil.

 Em seguida, ficou constado, por meio de pesquisa feita pelo MPF, que Zarate advogou para seis brasileiros membros de uma organização criminosa liderada por Sérgio de Arruda Quintiliano Neto, o ‘Minotauro’, durante o período em que já exercia mandato parlamentar.

A Reportagem do Midiamax também apurou que além do envolvimento com Sérgio de Arruda Quintiliano Neto e Wesley Nerez dos Santos, o “Bebezão” e agentes penitenciários envolvidos na fuga de massa do presídio de Pedro Juan Caballero, Zarate também teria advogado para Waldemar Pereira Rivas, conhecido como Cachorrão, preso no dia 1º de maio de 2020 e apontado como um dos doas assassinos do jornalista brasileiro Léo Veras, morto na noite do dia 12 de fevereiro do mesmo ano.

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