Dono de pitbull achado cheio de carrapatos diz que ‘estava providenciando’ tratamento ao animal
Polícia identificou suspeito e a esposa dele; ambos devem ser indiciados por maus-tratos
Arquivo –
A Polícia Civil identificou o dono do pitbull, encontrado em situação da maus-tratos em uma casa rua Lea Maria Barbosa, no Parque Lageado, em Campo Grande, há dois dias. Ao Jornal Midiamax, o titular interino da Decat (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Ambientais e Atendimento ao Turista), Alexandro Mendes de Araújo, diz que ele e a esposa devem responder pelo crime de maus-tratos.
Conforme o delegado, a investigação primeiro localizou a mulher e ela prestou depoimento, ressaltando que o animal pertence ao marido. Este, por sua vez, alegou que precisou fazer uma viagem de urgência, já que teve “problemas de saúde na família” e então deixou a cadela na casa da sogra. O imóvel, ainda de acordo com a polícia, estaria infestado de carrapatos e em condições insalubres.
O homem também comentou que já estaria “providenciando tratamento médico veterinário ao animal”. “O casal não foi preso porque não havia mais a situação flagrancial. Iremos conjugar as informações prestadas com outras provas já coletadas para deliberar sobre o indiciamento dos responsáveis. Em todo caso, a equipe de investigação se deparou com situação real de maus tratos. As imagens são fortes e pesarão na análise do caso”, comentou Mendes.
Caso
A pitbull foi encontrada na manhã de terça-feira (4) em situação de maus-tratos e, segundo a polícia, estava “repleta de carrapatos”, além de sinais de leishmaniose e anemia decorrente da ação dos parasitas.
Ao chegar ao local, os investigadores da Decat (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Ambientais e Atendimento ao Turista), acompanhados da Subea (Subsecretaria do Bem Estar Animal), encontraram o animal doméstico em condições insalubres.
Diante dos fatos, houve o resgate e encaminhamento do animal para a Organização Não Governamental Cão Feliz.
Para o crime de maus-tratos, a pena prevista é de 2 a 5 anos, sem direito a fiança. Neste caso, o MPE-MS (Ministério Público Estadual) ainda deve solicitar que a proprietária arque com toda a despesa da reabilitação do animal vítima de maus-tratos.
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