O CRM/MS (Conselho Regional de Medicina) vai abrir uma sindicância para apurar o ‘falso médico' que atuava em um de Costa Rica, a 395 quilômetros de Campo Grande. Ele foi detido na segunda-feira (23) durante um plantão na unidade de saúde.

Quando preso, ele disse em depoimento à polícia que estudou medicina por três anos no Paraguai. Ele usava CRM , que pertence, na verdade, a uma médica de São Paulo. A sindicância deve apurar se houve negligência do hospital. De acordo com o delegado Caique Ducatti,  “Ele disse que teria o CRM e apresentou o número.

Ele não realizou nenhum atendimento sozinho, sempre estava acompanhado de outro , que mostrava como funcionava o hospital. Ele não teve nenhuma remuneração nesse tempo e confirmou que não tinha CRM”.

A nota:

O Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso do Sul, abrirá sindicância para apurar se houve negligência por parte da instituição para contratação deste falso profissional. Pois, é responsabilidade do contratante checar a procedência dos documentos, para confirmar a veracidade do registro médico. O CRM/MS informa ainda que o exercício ilegal da medicina deve ser apurado pelas autoridades policiais.”

O hospital também enviou uma nota ao site Costa em Foco, onde dizia que o médico realizou, apenas, seis plantões. 

“Nos dias 20 de maio e 21 de maio, o  D.S.T realizou plantão de 6  horas apenas como apoio ao médico de plantão. No dia 23 de maio após diversas solicitações para apresentação da documentação necessária para formalização de seu contrato, para que assim pudesse iniciar os atendimentos na FHCR, foi chamado na dependência da mesma para confirmação dos documentos apresentados, vez que o número do CRM fornecido por este não conferia com seu nome. Diante da divergência na documentação fornecida, a FHCR contatou o delegado responsável pela Comarca de Costa Rica, dr. Caique Ducatti, para que tomasse as providencias cabíveis, sendo o cidadão D.S.T levado preso pelo fornecimento de documentos falsos. 

Assinam a nota o presidente da FHCR José Alcides Simplício, a diretora Rogéria Eiks Paes Barbosa, e a advogada Patrícia Alves Lopes.”.

O ‘falso médico' disse que não sabe por que tomou tal atitude. “Ele não causou nenhuma situação mais grave, que pudesse colocar em risco a vida de algum paciente. Ele foi ouvido e o caso já foi encaminhado ao poder judiciário”, disse. O caso se enquadrou em contravenção penal, por se tratar de infração de menor gravidade.