Câmeras mostram momento em que morto na BR-163 sai da casa onde corpo da esposa foi encontrado

Câmeras de segurança registraram o momento em que o motociclista morto na BR-163 – que já estava com 18 perfurações no corpo antes do acidente – saiu da casa onde morava com a esposa. Ela também foi encontrada morta com ao menos sete facadas, nesta quarta-feira (21).

Conforme as imagens, Kaio Vinicius Silva Maciel Gavioli, de 32 anos, saiu de casa com a moto no Jardim Colúmbia, às 6h18 desta quarta. Na mesma manhã, ele teria invadido a pista contrária na rodovia BR-163 e colidido contra um caminhão, no trecho entre Campo Grande e Jaraguari. Ele estava com 18 perfurações de faca no corpo.

A esposa Claudia Franciele Cabreira Pereira, de 28 anos, foi encontrada morta com sete facadas na residência do casal.

Conforme relato do caminhoneiro, de 37 anos, ele seguia em direção a Campo Grande. Em determinado momento, percebeu a moto na contramão, mas não teve tempo de desviar.

Assim, o motociclista foi atingido e ainda arrastado por 50 metros. Com o impacto do acidente, o capacete chegou a quebrar e a vítima morreu na hora.

Conforme o delegado Jarley Inácio, que esteve no local do acidente, o rapaz tinha 18 facadas pelo corpo. Destas, duas foram no pescoço e as outras na região do abdômen.

Esposa é encontrada morta

Claudia Franciele Cabreira Pereira, de 28 anos, foi encontrada morta na residência do casal, com ao menos sete facadas. A Polícia Civil apura desde uma possível briga de casal até caso de feminicídio envolvendo Kaio Vinicius Silva Maciel Gavioli, de 32 anos, e a esposa. Ambos foram feridos a facadas: ele com ao menos 18 perfurações e ela com sete.

A delegada Larissa Serpa, da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), disse que, no momento, aponta um “leque amplo” de investigação, ressaltando que ambos estão envolvidos no crime. “O feminicídio é uma possibilidade e a briga de casal também é uma possibilidade. Nada está descartado neste momento”, afirmou ao Jornal Midiamax.

Vizinhos quietos

Considerados quietos e de poucas palavras pelos vizinhos, tinham apenas a companhia de um cachorro rottweiler que, segundo os moradores da rua, levavam para passear toda noite e era o momento que eram vistos. “Eles eram de boa, não sei o que aconteceu, porque a mulher trabalhava o dia inteiro. Ela saía de manhã, voltava de tarde e ele ficava na casa. Não sei nem dizer o que aconteceu”, comentou.