Uma motorista de aplicativo, de 27 anos, foi estuprada durante corrida na madrugada deste domingo (20). O passageiro, de aproximadamente 25 anos, foi preso em sua residência, onde foram encontradas porções de drogas, e havia saído de uma festa.

Conforme relatado pela vítima ao Jornal Midiamax, ela estava, junto a outros motoristas, parada em frente a um local de festas para fazerem corridas particulares. O passageiro deu o endereço de sua casa como destino e sentou no banco da frente.

Durante o trajeto, ele colocou uma arma de fogo em seu colo e começou a guiar a motorista, indicando por quais caminhos ela deveria seguir. “Eu comecei a ficar nervosa, mas ele disse que não ia me roubar, mas que eu ia fazer tudo o que ele quisesse”, relembra.

Em determinado momento, ele ordenou que a motorista parasse em uma estrada de chão, e ela ficou ainda mais nervosa, tremendo. “Ele disse ‘para você ficar mais calma, eu vou deixar a arma aqui’ e colocou no painel. Eu tentei manter a calma, mas não tinha o que fazer, ele estava armado, por mais que seja uma pessoa só”, diz a motorista.

Durante os abusos, a vítima ainda foi agredida e teve hematomas na região do tórax, as costas arranhadas e foi mordida. O autor ainda chegou a falar para a motorista que queria ir para um motel, mas, com medo, ela afirmou que não iria porque poderia causar problemas por ele estar armado.

A vítima conseguiu fugir ao pedir para ele sair do carro “e se ajeitar”. Foi quando arrancou com o veículo, ainda com a porta aberta, e pediu ajuda para outros motoristas. Ela ficou rodando pelo bairro até que os colegas a achassem, e então seguiram até a base da Polícia Militar mais próxima.

A motorista indicou o endereço do autor, que havia fornecido no começo da corrida, onde ele foi localizado pelos policiais e preso. Na casa, foram encontradas porções de droga e, durante a prisão, ele teria dito aos PMs que “estava com uma ‘mina’ de boa”, dando a entender que a teria conhecido na festa em que estava.

A vítima afirma que não tem outra forma de sustento e trabalha como motorista de aplicativo há seis meses. “Vou ter que continuar, porque é minha única renda, mas vou evitar saída de festas e tomar mais cuidado. Me sinto um lixo e fragilizada”, lamenta.

O autor ainda conseguiu fugir levando consigo o dinheiro da corrida. “Fiquei sabendo que ele tem outras passagens, então espero que com tudo isso, o roubo do dinheiro da corrida e a droga que ele estava, ele continue preso”, afirma.

Ela deve passar por exame de corpo de delito no Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) e ser encaminhada a uma unidade de saúde para tomar coquetel de remédios, após registrar boletim de ocorrência na Deam (Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher), onde o autor encontra-se preso.