Após denúncias contra motorista de aplicativo, delegada dá dicas para mulheres que precisam do serviço

Mais um caso de abuso estaria sendo investigado pela Deam

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(Reprodução)

Após série de denúncias contra um motorista de aplicativo, que estuprou duas passageiras e tentou estuprar uma terceira mulher, no dia 6 deste mês, a delegada da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) Ana Luíza Noriler dá dicas de como ter segurança na utilização da plataforma.

A delegada explica que uma das medidas de segurança é sempre compartilhar a corrida com amigos e familiares em tempo real, outra dica seria colocar em GPS o trajeto que vai fazer, assim, caso haja alguma mudança, a passageira ficará sabendo no momento.

Ainda segundo a delegada, caso a passageira perceba que o motorista mudou a rota, imediatamente deve ligar para o 190, familiares e sair do carro quando conseguir. Outra dica é não conversar com o motorista e não passar informações pessoais, já que é uma pessoa estranha.

Outro caso sendo investigado

Nesta terça-feira (14), durante entrevista coletiva, delegadas da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) alertaram que mais um motorista de aplicativo é investigado por abuso contra passageira. Outro motorista, de 38 anos, está preso temporariamente desde o dia 9 de junho por dois estupros e uma tentativa.

Conforme as delegadas Elaine Benicasa, titular da Deam, e Ana Luiza Noriler, esse outro motorista é investigado por ato libidinoso contra uma vítima. O caso foi denunciado à polícia e apuração indica que o modo de agir do criminoso é diferente do outro suspeito, já preso, sendo identificado que se trata de outro autor.

Motorista preso alegou problemas sexuais

Preso temporariamente desde o dia 9 de junho, o motorista de aplicativo de 38 anos chegou a alegar para a polícia que tem ‘problemas sexuais’. Além de ser usuário de drogas, ele também teria problemas psicológicos e alegou que os atos libidinosos contra as passageiras seriam a única forma de se satisfazer.

Após tentar negar os crimes, o acusado acabou confessando e alegou para a polícia que tinha problemas sexuais. O que foi identificado é que ele tinha impotência, porque tomava medicamentos e possivelmente também pelo uso de drogas. Assim, alegou que os crimes eram a única forma de ele se satisfazer.

O motorista verificava sempre se a passageira estava sozinha antes da viagem. Para o acusado, não havia diferença de idade ou perfil, bastava apenas que fosse mulher. Quando chegava para buscar a passageira, ele confirmava as informações e, no trajeto, dava alguma desculpa para desviar a rota.

Nos casos identificados, o motorista disse que iria abastecer o carro ou que precisava pegar algum pertence em outro lugar. Então, seguia para locais ermos e escuros, onde fazia o uso de droga e depois tentava atacar as passageiras. Nem mesmo a vítima que estava em ligação telefônica com o marido intimidou o acusado.

Plataforma foi avisada sobre motorista abusador

A Polícia Civil entrou em contato com as plataformas de aplicativos de corrida usadas pelo motorista. Em cada crime, ele usou um aplicativo diferente. Segundo as delegadas, as plataformas estiveram à disposição nas investigações, mas não é possível representar contra as empresas pelos crimes, apenas contra o motorista.

Além dos depoimentos de vítimas e testemunhas, confissão do acusado, também foram recolhidas imagens de câmeras de segurança que capturaram as rotas feitas pelo suspeito. Ele já tem passagem por violência doméstica.

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