‘Amigo’ que assassinou esposa de policial civil em Campo Grande vai a júri popular
Ele ainda tentou mentir sobre os crimes cometidos
Danielle Errobidarte, Renata Portela –
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Nesta terça-feira (26), Carlos Fernandes Soares, 33 anos, foi pronunciado pelo assassinato de Márcia Catarina Lugo, cometido em outubro de 2021. Ele era considerado amigo e pessoa de confiança da vítima e não chegou a confessar os crimes para a Polícia Civil.
Carlos foi pronunciado pelo homicídio qualificado por motivo torpe, dissimulação, assegurar a ocultação de outro crime, ainda ocultação de cadáver e fraude processual. A denúncia foi recebida em novembro de 2021 e, nesta terça-feira, o juiz Aluizio Pereira dos Santos da 2ª Vara do Tribunal do Júri determinou que ele vá a júri popular.
Era considerado amigo da vítima
Conforme a denúncia do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), Carlos foi por várias vezes confidente de Márcia, para quem fazia serviços de motorista. Em 7 de outubro, ele teria alugado a Toytota SW4, que usaria para levar a vítima para identificar possíveis traições do marido de Márcia.
No entanto, no trajeto e com a vítima no carro, Carlos teria sacado a arma de fogo e feito disparos, atingindo um tiro na cabeça de Márcia, que morreu no local. Depois, Ele teria seguido com o veículo até a ponte do Rio Imbirussu, onde desovou o corpo da vítima, jogando no rio para tentar ocultar o cadáver.
Após o crime, ele ainda seguiu até o lava-jato que é proprietário, lavou o veículo alugado e entrou em contato com funileiro para reparar os danos causados pelo tiro. Ele também contatou um tapeceiro para reformar o couro do banco, danificado pelos disparos de arma de fogo.
Uma testemunha ainda foi contratada para deletar as imagens das câmeras de segurança do lava-jato, para induzir a erro a polícia. Ainda segundo o MPMS, Carlos tentou fugir, seguindo para Dourados, após ter feito várias transferências bancárias da conta da mãe de Márcia para contas pessoais.
O caso também é tratado como homicídio qualificado por motivo torpe, já que acredita-se que Carlos matou a amiga para garantir a posse dos cartões e senhas que estavam com ela e usufruir do proveito financeiro. Ele se aproveitou da condição de amigo, para que a vítima não desconfiasse.
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