Na manhã desta terça-feira (2), indígena prestou esclarecimentos na de Polícia Civil de , cidade a 352 quilômetros de Campo Grande, sobre atentado que sofreu na tarde de segunda-feira (1º).

Ferido a após pistoleiros atirarem várias vezes contra a camionete, o indígena recebeu alta do e foi ouvido pela polícia. Ainda não há informação sobre o que teria motivado o atentado.

Identificado como Vitorino, o indígena teria sido atingido por dois dos disparos. O caso é investigado pela polícia como tentativa de homicídio. A princípio, testemunhas relatam que o crime não teria ligação com a disputa entre lideranças da Aldeia Amambai.

Eleição um dia antes de atentado

No último domingo (31), ocorreu a eleição extraordinária do novo capitão, uma espécie de líder político das reservas indígenas, da Aldeia Amambai.

Conforme nota do Governo Federal, em razão dos diversos conflitos ocorridos nos meses de junho e julho na Aldeia Amambai, a cerca de 90 km de Ponta Porã, por motivos de disputa de lideranças e ocupação de propriedade rural na região, foi estabelecida eleição para eleger um novo “capitão”.

A Polícia Federal em Mato Grosso do Sul, planejou, coordenou e realizou a segurança do pleito, para zelar pela incolumidade física de toda comunidade indígena, de modo a garantir o livre exercício do voto, e a segurança das autoridades presentes, durante a votação e a contagem dos votos.

Mais de 70 policiais, entre Policiais Federais, Policiais Militares e Força Nacional de Segurança Pública, participaram da ação, tanto no policiamento ostensivo, rondas periódicas, eliminação de obstruções e manifestações, manutenção da ordem, como também na orientação e no controle do fluxo de acesso ao local de votação.

Aproximadamente 9 mil indígenas, dos quais pelo menos a metade com direito à voto, vivem na Aldeia. Durante todo o dia indígenas se dirigiram ao local da votação, que se encerrou às 16h, dando início à contagem dos votos.