Dois dos três acusados da morte de Alexandre Pereira Marimoto, presos na última quinta-feira (25) tiveram a prisão preventiva decretada durante audiência de custódia na manhã deste sábado (27), em Campo Grande. O terceiro integrante teve liberdade provisória concedida, mediante medidas cautelares, entre elas o uso de tornozeleira eletrônica.

Os dois rapazes, de 19 e 24 anos, que continuarão presos alegaram que têm “problemas de convívio em unidades prisionais que custodiam presos ligados ao PCC (Primeiro Comando da Capital”, mas mesmo assim serão transferidos para o presídio, pois tiveram a conversão da prisão em flagrante para preventiva.

Já o preso de 21 anos está proibido de manter contato com os outros dois e com familiares de Alexandre. Além disso, deve fazer recolhimento noturno, e está permitido circular apenas no deslocamento até seu local de trabalho, entre 5h30 e 19h30. Ele também terá que usar tornozeleira eletrônica.

‘Queima de arquivo’

Alexandre teria sido morto como ‘queima de arquivo’ ou ‘lei do silêncio’, já que havia confessado estar envolvido em um outro homicídio, dias antes, no mesmo bairro, de André Luiz Prado de Moraes, de 21 anos.

Conforme o delegado Rodolfo Daltro, da 5ª Delegacia de Polícia Civil, explica que a investigação contou com apoio do GOI (Grupo de Operações e Investigações). No dia do crime, a dupla fugiu em uma moto CB 500. O jovem de 19 anos confessou que atirou enquanto o de 24 conduzia a moto.

Na delegacia, o terceiro disse que os motociclistas ligaram para ele dizendo que a moto estaria estragada, pedindo ajuda para levá-los em seu Volkswagen Polo. Só então teriam confessado que assassinaram Alexandre. A investigação chegou até o rapaz de 21, no Jardim das Hortências. Ele, inicialmente, disse que não participou do crime, mas enterrou a pistola 380 no bairro Aero Rancho.

Por volta das 15h, a polícia encontrou a dupla escondida em uma casa no bairro Guanandi. Ainda segundo o delegado, o trio ameaçava a família de Alexandre para permanecer com a ‘lei do silêncio’, imposição da criminalidade para não delatar outros crimes, já que ambos envolvidos e a vítima eram ‘amigos’.

Os suspeitos disseram para a polícia que eles estariam sendo ameaçados, por Alexandre teria comprado um revólver há 20 dias, dizendo mandar no bairro.

O proprietário do Polo já foi investigado por associação ao tráfico de drogas, já que a residência seria usada para comercialização, onde foi encontrada uma grande quantia em dinheiro. A moto usada tem registro de furto.