Vizinhos de Manoel Vilas Boas Júnior, de 49 anos, encontrado morto com sinais de espancamento em kitnet no Jardim Paraíso, na tarde desta quarta-feira (6), afirmaram terem visto a vítima ser pisoteada. Ainda segundo eles, o homem foi até a casa de Manoel e disse “já está tudo resolvido”, ao sair.   

O casal de vizinhos relatou o ocorrido à Polícia Militar, após Manoel ter sido encontrado morto. Segundo eles, por volta das 18h de ontem (5), um homem teria chegado à kitnet e conversado com os dois. Por volta das 18h30, Manoel chegou em casa e, após também conversar com o casal, entrou no imóvel.

Ainda segundo as testemunhas, o suspeito foi até a casa da vítima, localizada nos fundos da vila de kitnets, e começou uma discussão com Manoel. Ao escutar os barulhos, o casal foi até a casa da vítima e presenciou o suspeito pisando várias vezes contra o rosto de Manoel, que estava deitado no chão.

Conforme explicado pela mulher aos policiais, ela e o marido retiraram o suspeito do local, mas ele teria retornado à casa, agredindo Manoel pela segunda vez. Por fim, informaram que, após a última agressão, o homem teria dito “já falei com ele e agora está tudo resolvido”. O caso foi registrado como morte a esclarecer e é investigado pela 2ª Delegacia de Polícia.

Sinais de espancamento

A perícia afirmou ao Jornal Midiamax que Manoel estava em situação de rigidez cadavérica, com escoriações na face e no nariz. Contudo, o corpo será encaminhado para o (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) para determinar a causa da morte.

A vítima não portava documentos pessoais e o perito informou que também será apurado se as lesões podem ser de luta corporal. “Essas marcas podem ser de espancamento ou uma possível luta corporal, porque ele tem características de alguns golpes na face”.

O filho do proprietário do conjunto de duas kitnets relatou ter recebido áudio de uma moradora dizendo que o homem estava passando mal. Ele chegou a ir até o imóvel e chamar pela vítima, por volta das 8h, mas não foi atendido. Ao retornar, perto das 11h30, encontrou o corpo.

Segundo ele, o homem chegou a sua oficina mecânica pedindo ajuda para conseguir “bicos”. O rapaz, então, teria oferecido alguns trabalhos para a vítima com serviços gerais. “Não conhecia ele, era muito calado. A única coisa que sei é que tinha problemas com bebida alcoólica”, afirmou.