Na manhã desta terça-feira (9), foi preso José Pereira Barreto, investigado por esquema de tráfico de cocaína de , a 225 quilômetros de Campo Grande, até o interior de São Paulo. O empresário se entregou à Polícia Federal em Dourados, após ficar mais de um mês .

Conforme a Polícia Federal, José se apresentou na Delegacia de Polícia Federal de Dourados para cumprimento do mandado de . Ele era alvo da Operação Viagem Santa, deflagrada em 21 de janeiro para desarticular o esquema de tráfico de drogas comandado pelo empresário.

José chegou a ser investigado por homicídios e se prevalecia de pessoas que faziam viagens de caráter religioso para consolidar a logística do envio de cocaína. A PRF (Polícia Rodoviária Federal) da região de Dourados descobriu que o empresário que fretava ônibus para levar fiéis de Mato Grosso do Sul ao santuário em Aparecida do Norte (SP), estaria ligado ao tráfico.

A equipe chegou a apreender 576 quilos da droga em dezembro de 2018. O trabalho de inteligência então foi encaminhado à PF, que deu continuidade nas investigações. Em fevereiro de 2019, o empresário investigado foi alvo de tentativa de homicídio. Ele seguia de caminhonete pela Rua Cuiabá, em Dourados, quando pistoleiros iniciaram o ataque, mas sem sucesso.

A polícia ainda descobriu que o crime havia sido arquitetado pela própria esposa, que foi presa e condenada a mais de 10 anos. Naquela oportunidade, foram encontrados na casa do casal uma pistola 9 milímetros e R$ 500 mil sem origem definida. O empresário chegou a ser investigado por suspeita de envolvimento na execução de dois proprietários de vans, que seriam em tese concorrentes.

No entanto, as investigações não encontraram provas o suficiente. Na operação em janeiro, apesar dos esforços de PF e Receita Federal, José não foi localizado.

Operação Viagem Santa

A Polícia Federal com o apoio da Receita Federal deflagrou a Operação Viagem Santa, para desarticular uma voltada ao tráfico interestadual de drogas e lavagem de dinheiro. Aproximadamente 86 policiais federais e servidores da Receita Federal foram às ruas para cumprimento de 10 mandados de prisão temporária (30 dias) e 14 mandados de busca e apreensão nas cidades de Dourados, e Deodápolis.

Também foi feito sequestro e bloqueio de mais de R$ 10 milhões em bens e 12 ônibus avaliados em mais de R$ 11 milhões de reais. A organização criminosa era dividida em três núcleos: um era responsável pela logística de carregamento e transporte da droga; outro pelo agenciamento das viagens e pelo recrutamento dos passageiros e o outro pela lavagem de dinheiro. Todas as empresas envolvidas são sediadas na cidade de Dourados.