TJ nega recurso do MP e filha de serial killer segue livre de crimes em Campo Grande
Ela é filha de Cleber de Souza Carvalho, o serial killer que está preso acusado de assassinar sete pessoas em Campo Grande
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A Justiça novamente extinguiu o processo de homicídio e ocultação de cadáver, ao qual Yasmin Natasha Gonçalves respondia pela morte de José Leonel Ferreira dos Santos, de 61 anos, no dia 2 de maio de 2020. Conforme o advogado de defesa da jovem, Dhyego Fernandes, nesta quinta-feira (16), o Tribunal de Justiça negou o recurso do Ministério Público e Yasmim segue livre dos crimes.
Yasmin é filha de Cleber de Souza Carvalho, o serial killer que está preso acusado de assassinar sete pessoas em Campo Grande.
Em setembro de 2021, Yasmin já havia sido impronunciada pela Justiça, por não haver provas para levá-la a julgamento, mas o Ministério Público — que a denunciou por homicídio triplamente qualificado — recorreu da decisão e, hoje, o TJ negou o recurso do MP.
Ainda no mês de setembro, o juiz Aluízio Pereira dos Santos assinou a impronúncia que em sua decisão afirmou que as provas não foram suficientes para indicar júri popular. Em outro trecho, o magistrado diz que Yasmin havia afirmado não ter participado do assassinato e que não ficou sabendo que o pai teria matado a vítima, revelando apenas que tinha ido até a residência para fazer a faxina, e que o pai teria dito que havia comprado a casa.
Mortes em Campo Grande
José Jesus de Souza, de 44 anos, conhecido como Baiano, desaparecido desde fevereiro de 2020, teve o corpo encontrado no dia 15 de maio, durante a madrugada. Algumas horas depois, quem também teve o corpo encontrado após escavações foi Roberto Geraldo Clariano, de 48 anos, desaparecido desde junho de 2018, morto durante uma discussão no Recanto dos Pássaros.
Roberto teria sido contratado por Cleber para fazer um trabalho braçal, e durante a briga foi morto com golpe do cabo de uma picareta na cabeça. Ele então foi enterrado em um terreno no Recanto dos Pássaros.
No início da tarde do mesmo dia, o idoso Hélio Taira, de 73 anos, que estava desaparecido desde novembro de 2016, também foi localizado. Cleber fazia reforma em residência na Vila Planalto e, na ocasião, Hélio foi contratado para prestar um serviço de jardinagem, oportunidade em que se desentenderam.
O pedreiro então matou a vítima com pauladas, cavou buraco, enterrou o corpo e depois concretou o local, colocando piso. Por este motivo, o corpo não tinha sido encontrado até então.
Já Flávio Pereira Cece, de 34 anos, desaparecido desde 2015, era dono do imóvel onde foi encontrado enterrado no bairro Alto Sumaré, região da Vila Planalto. Ele era primo do serial killer Cleber, que, segundo a polícia, matou a vítima com pauladas, enterrou e vendeu a residência por R$ 50 mil com o corpo de Flávio enterrado.
Na noite do dia 15 de maio foi encontrado o corpo de Claudionor Longo Xavier, de 48 anos, que saiu de casa no dia 16 abril, foi assassinado e teve a moto XTZ Crosser vendida pelo autor. O veículo foi localizado em residência na Rua Juventus, com outro primo de Cleber.
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