Preso há mais de um ano, réu na Omertà ganha liberdade com tornozeleira eletrônica

No dia em que foi preso ele teria atirado contra PMs

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Viatura do Garras
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Foi garantida liberdade provisória a Rodrigo Betzkowski de Paula Leite, o Patron, réu na Omertà e preso na segunda fase da operação, em março de 2020. A defesa fez pedido de revogação da prisão preventiva, que foi acatada mediante cumprimento de medidas cautelares.

Segundo a defesa, não havia fundamentos para manutenção da prisão preventiva, sendo que a última decisão para manter a prisão foi publicada em agosto deste ano. Conforme o juiz Roberto Ferreira Filho, da 1ª Vara Criminal, o réu estava preso por integrar organização criminosa armada.

Na denúncia, é apontado que Rodrigo compunha o núcleo de apoiadores, ao lado de vários outros acusados, ou seja, não tinha posição de destaque nem posição privilegiada na hierarquia da organização criminosa. O magistrado pontua que as funções de Rodrigo não são referentes a atividades violentas.

Assim, o juiz afirma que a manutenção da prisão do acusado é atualmente desnecessária. Foi determinada liberdade provisória mediante comparecimento periódico em juízo, não mudar de residência sem comunicar, nem se ausentar sem prévia autorização, bem como comparecimento a todos os atos a que for intimado.

Rodrigo também deverá manter recolhimento domiciliar e está proibido de manter contato com testemunhas e corréus dos processos da Omertà. Além disso, será monitorado por tornozeleira eletrônica. O alvará de soltura já foi cumprido no início desta semana.

Prisão

Além de Rodrigo, o irmão dele também foi preso naquele dia 17 de março de 2020. Policiais foram até a estância onde eles estavam, para cumprirem o mandado de busca e apreensão, quando foram recebidos a tiros.

Uma espingarda, um revólver calibre 38 e cerca de 30 munições foram apreendidas na propriedade rural, na MS-010 saída para Rochedo. Também na propriedade, foram encontradas uma carteira funcional, com distintivo e algemas. Rodrigo Patron alegou que o irmão não sabia que se tratavam de policiais, e com medo de serem bandidos acabou efetuando os disparos.

Omertà II

A segunda fase da operação cumpriu, ao todo, 18 mandados em Campo Grande, Aquidauana, Sidrolândia, Rio Negro e em João Pessoa, na Paraíba. Propriedades rurais, escritórios e residências de familiares do empresário Jamil Name são alvos da operação. Um advogado de Sidrolândia também estava entre os alvos.

Os mandados são contra suspeitos de ameaçar testemunhas. Propriedades rurais, escritórios e residências foram alvos da operação. A segunda fase da operação foi deflagrada depois da descoberta de suposto plano para atentar contra a vida de autoridades envolvidas na investigação do caso.

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