Por dívida, Justiça autoriza penhora de bens de contador que simulou morte para fugir da polícia em MS
Procurado foi preso pela Polícia Civil na terça-feira, em Campo Grande
Arquivo –
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O juiz Wagner Mansur Saad, da Vara de Execução Fiscal Municipal de Campo Grande, autorizou a penhora de bens do contador Tércio Moacir Brandino, de 59 anos, preso nesta terça-feira (06) pelo Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crimes Organizado), da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, após fugir pela porta da frente da cadeia.
O despacho é referente a uma dívida no valor de R$ 3.140,63, executada pela Procuradoria-Geral do Município. Em seu despacho, o magistrado determinou a citação do contador e autorizou a penhora. “[…] em havendo indicação e comprovação de titularidade, promova-se a penhora dos bens declinados, bem como a competente avaliação”, disse o juiz.
Prisão
Conforme noticiado ontem, o foragido foi condenado por ligação com crimes apurados nas operações Lama Asfáltica, Caduceu, Iceberg e Canindé. A Operação Canindé, deflagrada pela Deco (Delegacia Especializada de Repressão ao Crime Organizado) em 2016, desarticulou organização criminosa especializada em estelionato com maquinários agrícolas. A ação teve 11 pessoas presas, entre elas o contador.
Embora já condenado e cumprindo pena junto à Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), o autor acabou ilegalmente liberado no dia 09 de fevereiro de 2017, do Instituto Penal de Campo Grande, com alvará de soltura em outro processo, porém, mantendo ainda em seu desfavor outros dois mandados de prisão preventiva que impediam sua liberação. No entanto, ele saiu pela porta da frente e não havia sido localizado desde então.
A liberação ilegal e consequente fuga foi descoberta depois de dois meses, quando Tércio foi procurado no Instituto Penal para ser intimado e tomar ciência de sua condenação por estelionato e falsificação de selos públicos, no mês de abril daquele ano.Na ocasião, o oficial de Justiça constatou a fuga. O caso foi investigado e um agente penitenciário foi condenado por ajudá-lo.
Já foragido, o contador ainda tentou impedir sua recaptura pelos órgãos de segurança pública, simulando a própria morte. Ele atribuiu seus dados pessoais a um paciente que havia dado entrada no Hospital Regional de Campo Grande e morrido em seguida. Contudo, a fraude foi descoberta pelo Dracco, através de confronto papiloscópico requisitado e promovido pelo Instituto de Identificação de Campo Grande.
Desde então, a equipe policial realizava diversas diligências em busca do paradeiro do contador. Ele estava em um condomínio na Vila Aimoré, imóvel que servia como seu atual esconderijo.
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