Policiais cruzam os braços em protesto contra o Governo Federal exigindo vacinação
Nesta quarta-feira (17), policiais civis e também policiais rodoviários federais fizeram uma manifestação na frente de delegacias em todo o país, cruzando os braços. O ato é uma forma de reivindicar direito pela vacinação contra o coronavírus e também em relação à PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 186, que pode congelar os salários dos […]
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Nesta quarta-feira (17), policiais civis e também policiais rodoviários federais fizeram uma manifestação na frente de delegacias em todo o país, cruzando os braços. O ato é uma forma de reivindicar direito pela vacinação contra o coronavírus e também em relação à PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 186, que pode congelar os salários dos servidores.
Na frente do prédio da Cepol, participaram agentes da PRF (Polícia Rodoviária Federal) e também das delegacias do prédio. Conforme o diretor trabalhista do Sinpol (Sindicato dos Policiais Civis de Mato Grosso do Sul), Tony Messias Lopes, a paralisação é um sinal de alerta ao Governo Federal.
A intenção é exigir respeito no tratamento com os policiais, que atuam na linha de frente e seguem no fim da lista para a vacinação contra a Covid-19. Também em relação à PEC 186, que prejudica policiais de todas as categorias e pode congelar o salário dos servidores por até 15 anos.
O diretor jurídico do sindicato da PRF, Vanderlei Alves, relatou que a PEC foi votada e o Governo determinou que as categorias de polícia de todo o país podem ficar até 15 anos sem reajuste salarial. Isso, caso seja decretado estado de calamidade pública. Para se manifestarem contra a decisão, os sindicatos se reuniram em manifestação.
Além disso, os policiais exigem que sejam colocados nos grupos prioritários para a vacinação contra o coronavírus. Segundo os agentes, até mesmo a massa carcerária será vacinada antes dos policiais. O vice-presidente da Associação dos Escrivães, Gilberto Artero, lembrou que estão morrendo mais policiais de coronavírus do que no exercício da profissão.
O dado é um levantamento da UPB (União dos Policiais do Brasil). Segundo Gilberto, só em Mato Grosso do Sul foram vários os casos de contaminação e até de mortes de escrivães, investigadores e delegados. Ele ainda citou o fechamento das delegacias logo no começo da pandemia, por conta dos surtos da doença.
Ainda conforme os policiais, se não for atendido o pedido de valorização, na próxima semana pode ocorrer uma paralisação da Polícia Civil. Com isso, os oficiais ficam um dia atendendo apenas casos extremos nas delegacias plantonistas. Segundo eles, a intenção não é prejudicar a população, mas exigir os direitos, já que também não podem fazer outros tipos de manifestação.
Os policiais de todo o país vão registrar em fotografias os agentes de braços cruzados na frente das unidades e reunir em postagens nas redes sociais, como uma ‘manifestação virtual’.
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