Ouro Branco: polícia apreende munições importadas em casa de irmã de preso, alvo da operação

Dois mandados foram cumpridos contra alvos que já estavam encarcerados

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Durante a deflagração da segunda e terceira fases da Operação Ouro Branco, nessa segunda (25) e terça-feira (26), várias munições foram apreendidas por equipes da Denar (Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico), que cumpriram mandados em toda a cidade.

Segundo o delegado Hoffman D’Ávilla, na parte da manhã desta terça (26), foram cumpridos cerca de 40 mandados de busca e apreensão, e dois de prisão de alvos que já estavam encarcerados. Na casa da irmã de um detento, os policiais localizaram várias munições .380 e importadas.

As buscas devem continuar ainda na parte da tarde de terça (26), e na quarta-feira (27), um mandado contra um detento em Corumbá será cumprido. O preso era responsável por trazer para o Brasil, cocaína que vinha da Bolívia. 

Ainda na segunda (25), foi cumprido um mandado na casa de um advogado — o celular dele foi apreendido. Já nesta terça (26), vários bairros da cidade são alvos da operação. Na  primeira fase, 21 pessoas foram presas, além de 10 armas de fogo apreendidas. Entre elas, uma submetralhadora calibre .40 e quatro pistolas calibre .380 com mira a laser. Também foram apreendidos 20 veículos, 200 quilos de explosivos, um colete balístico, dois revólveres calibre .38 e duas pistolas calibre .9mm. Foram recuperados R$ 25 mil em espécie, além de 239 quilos de maconha.

PM e agente penitenciário presos

Oito pessoas foram presas, incluindo um agente penitenciário, um policial militar e um interno do Presídio de Segurança Máxima, acusados de participarem de um esquema que ‘abastecia’ a unidade de Campo Grande com drogas. Entre os presos estão cinco homens e três mulheres — uma delas, esposa do interno. 

A entrada de maconha e cocaína no presídio funcionava com o interno saindo da unidade “escoltado” pelo agente penitenciário e pelo policial militar. O detento puxava uma estrutura onde era instalado o contêiner com lixo até o lado externo. O preso “trocava” parte dos resíduos por tabletes de droga, escondidos nas bordas, tomando o cuidado de deixar parte deles, a fim de mascarar o cheiro. O procedimento durava pelo menos 1 hora.

A esposa do preso, que morava perto da Máxima, localizada no Bairro Noroeste, junto a outras três mulheres, era responsável por ‘abastecer’ o contêiner que ficava do lado de fora. Elas eram avisadas por ligação, feita pelo interno, de quando um novo carregamento da droga chegaria. Pelo serviço, a esposa do preso recebia R$ 1 mil.

Já o policial militar fazia a vigilância do presídio e garantia o funcionamento do esquema. Foram apreendidos cinco celulares e R$ 70 mil em espécie. Além da droga, também eram ‘transportados’ celulares e bebida alcoólica.

Equipe de investigação da Denar descobriu que, após o ‘sucesso’ do transporte da droga, o interno saía, junto aos policiais, para almoçar em um restaurante próximo ao presídio. O esquema era feito três vezes por semana. Os autores foram presos em flagrante e vão responder por tráfico e associação para o tráfico, além do policial e do agente, por prevaricação imprópria.

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