Na  primeira fase, 21 pessoas foram presas, além de 10 armas de fogo apreendidas. Entre elas, uma submetralhadora calibre .40 e quatro pistolas calibre .380 com mira a laser. Também foram apreendidos 20 veículos, 200 quilos de explosivos, um colete balístico, dois revólveres calibre .38 e duas pistolas calibre .9mm. Foram recuperados R$ 25 mil em espécie, além de 239 quilos de maconha.

PM e agentes penitenciários presos

Oito pessoas foram presas, incluindo um agente penitenciário, um policial militar e um interno do Presídio de Segurança Máxima, acusados de participarem de um esquema que ‘abastecia’ a unidade de Campo Grande com drogas. Entre os presos estão cinco homens e três mulheres — uma delas, esposa do interno. 

A entrada de maconha e cocaína no presídio funcionava com o interno saindo da unidade “escoltado” pelo agente penitenciário e pelo policial militar. O detento puxava uma estrutura onde era instalado o contêiner com lixo até o lado externo. O preso “trocava” parte dos resíduos por tabletes de droga, escondidos nas bordas, tomando o cuidado de deixar parte deles, a fim de mascarar o cheiro. O procedimento durava pelo menos 1 hora.

A esposa do preso, que morava perto da Máxima, localizada no Bairro Noroeste, junto a outras três mulheres, era responsável por ‘abastecer’ o contêiner que ficava do lado de fora. Elas eram avisadas por ligação, feita pelo interno, de quando um novo carregamento da droga chegaria. Pelo serviço, a esposa do preso recebia R$ 1 mil.

Já o policial militar fazia a vigilância do presídio e garantia o funcionamento do esquema. Foram apreendidos cinco celulares e R$ 70 mil em espécie. Além da droga, também era ‘transportado’ celulares e bebida alcoólica.

Equipe de investigação da descobriu que, após o ‘sucesso’ do transporte da droga, o interno saía, junto aos policiais, para almoçar em um restaurante próximo ao presídio. O esquema era feito três vezes por semana. Os autores foram presos em flagrante e vão responder por tráfico e associação para o tráfico, além do policial e do agente, por prevaricação imprópria.