‘No lugar errado e na hora errada’: executados não eram alvos de dupla em Campo Grande
Segundo delegado que atua no caso, alvo de assassinos era outro
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Dos três executados no Jardim Sumatra, em Campo Grande, na madrugada do dia 30 de novembro de 2020, apenas um deles era o alvo da dupla que acabou presa. O crime seria uma vingança pela morte de Luis André, em agosto, e o estopim seria as mortes Matheus Djouseff Carola Reis, de 23 anos, e Samuel Francisco Souza Gonçalves, de 22 anos, mortos a tiros no dia 17 de abril do mesmo ano, no Loteamento Vespasiano Martins.
De acordo com o delegado da 5º delegacia de Polícia Civil Gustavo Bueno, a dupla presa pelos assassinatos acreditava que um dos alvos seria o responsável pela morte de Luis, e por isso, teria tramado a execução, mas as outras vítimas estavam no local errado e na hora errada, sendo assassinadas junto do alvo.
Os crimes em questão também envolvem tráfico de drogas. O motorista que levou o casal para concretizar a execução foi ouvido pelo delegado e liberado.
O triplo assassinato
O crime aconteceu quando Marco Antônio estava no veículo Ford Escort na frente de casa, quando três homens e uma mulher chegaram fortemente armados e ordenaram que ele saísse do carro. Ele não atendeu e logo foi assassinado com disparos de calibre 12 na cabeça. Weslley, que estava ao lado, foi morto com tiros de pistola calibre.40 e disparos de calibre 12 na cabeça, nas pernas, nas costas e quadril.
Alex Vilhagra Ifran, de 24 anos, havia acabado de chegar com a namorada e tentou correr, mas foi perseguido e morto com tiros de calibre .12 no pescoço e na mão direita. De acordo com a namorada, os criminosos não queriam deixar nenhuma testemunha viva, por isso o mataram. A moça disse aos policiais que após o ataque, os executores saíram em um veículo semelhante a um Renault Sandero, mas logo em seguida voltaram e atiraram contra ela, mas a pistola falhou. A única testemunha alegou desconhecer os autores e a motivação. Populares alegaram que a mulher que participou do triplo homicídio aparentava estar em estado em êxtase enquanto atirava.
O filho de Marco Antônio disse que o pai trabalhava como pedreiro e era bastante conhecido no bairro. Ele ainda falou que nunca ouviu o pai falar sobre ameaças, inimizades ou desentendimento com alguém que pudesse pensar em matá-lo.
Já o pai de Weslley, disse no dia do crime que seu filho havia ido ao encontro de Marco Antônio apenas para entregar uma chave que seria usada nos reparos do veículo, quando os executores chegaram atirando. Weslley morreu caindo entre o Escort e o muro da residência.
Uma testemunha disse que havia acordado no meio da noite para ir ao banheiro e beber água, quando escutou a série de disparos. Em seguida, ouviu um dos atiradores dizer: “Vamos embora, chega já, já derrubamos o cara”. Tal declaração sugere que uma das vítimas foi alvo de acerto de contas.
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