Nepsis: ex-PM considerado ‘patrão’ da máfia dos cigarreiros é condenado a 39 anos
No último sábado (13), Fabio Costa, o ‘Japonês’ ou ‘Pingo’, foi condenado a 39 anos e 9 meses de reclusão no âmbito da Operação Nepsis, que mirava a máfia dos cigarreiros atuante em Mato Grosso do Sul. Outros 21 integrantes da organização criminosa foram condenados em janeiro e as penas somam 547 anos. A sentença […]
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No último sábado (13), Fabio Costa, o ‘Japonês’ ou ‘Pingo’, foi condenado a 39 anos e 9 meses de reclusão no âmbito da Operação Nepsis, que mirava a máfia dos cigarreiros atuante em Mato Grosso do Sul. Outros 21 integrantes da organização criminosa foram condenados em janeiro e as penas somam 547 anos.
A sentença de Fabio foi assinada pelo juiz federal Ney Gustavo Paes de Andrade, de Ponta Porã. Fabio foi denunciado e condenado por organização criminosa, contrabando e corrupção ativa (cometida 5 vezes). A soma das penas totalizou 39 anos, 9 meses e 12 dias de reclusão, além de pena de multa de 515 dias-multa.
Conforme o magistrado, o regime inicial de cumprimento da pena é fechado e não preenchem requisitos de substituição da pena privativa de liberdade, nem mesmo direito de apelar em liberdade. Isso, porque, conforme o juiz, trata-se de um dos principais líderes do esquema de contrabando de cigarros, com integração de agentes públicos brasileiros e paraguaios.
Também segundo a sentença, a prisão em regime fechado é importante para garantia da ordem pública e para cessar as atividades do grupo criminoso. O réu ainda foi absolvido dos crimes de receptação culposa, falsificação de documento público e particular e falsidade ideológica.
Fabio deve cumprir uma das maiores penas entre os integrantes da máfia dos cigarreiros, ‘perdendo’ para Ângelo Guimarães Ballerini, condenado a 64 anos e 10 meses e Valdenir Pereira, condenado a 66 anos e 8 meses.
Operação Nepsis
A investigação teve início quando a corregedoria da PRF constatou que alguns dos seus policiais estavam envolvidos com o contrabando de cigarros. Foi solicitado apoio e a investigação da Polícia Federal para que fossem atingidos na ação também os demais integrantes da organização criminosa que não fazem parte da instituição.
Com o objetivo de desarticular organização criminosa de grande porte especializada no contrabando de cigarros e combater a corrupção policial que facilita o contrabando, a Polícia Federal deflagrou em 22 de setembro de 2018 a operação em cinco Estados: Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro e Alagoas. Entre os presos, além dos líderes e dos “gerentes” da Organização Criminosa, encontram-se policiais da PRF, da Polícia Militar e da Polícia Civil do Estado do Mato Grosso do Sul.
Só em 2017, acredita-se que os envolvidos tenham sido responsáveis pelo encaminhamento de ao menos 1.200 (mil e duzentas) carretas carregadas com cigarros contrabandeados às regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste. Os valores em mercadorias contrabandeadas atingem cifras superiores a R$ 1,5 bilhão (um bilhão e meio de reais).
Foram apreendidas grande quantidade em dinheiro em resort, casas, e apreendidos carros e embarcações de luxo, além de armamento pesado e cargas de cigarros contrabandeados.
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