Motorista de BMW que matou mulher em acidente disse que fugia da PM por medo de perder o carro

Com veículo ‘bob’, quase R$ 15 mil em atraso de documentação, sem CNH (Carteira Nacional de Habilitação) e embriagado. Foi assim que na noite de domingo (29), motorista de 29 anos decidiu invadir a contramão a 100 km/h com a BMW e acabou tirando a vida de Carla Jaqueline Miranda, de 40 anos, por “medo […]

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Com veículo ‘bob’, quase R$ 15 mil em atraso de documentação, sem CNH (Carteira Nacional de Habilitação) e embriagado. Foi assim que na noite de domingo (29), motorista de 29 anos decidiu invadir a contramão a 100 km/h com a BMW e acabou tirando a vida de Carla Jaqueline Miranda, de 40 anos, por “medo de perder o carro”.

Os depoimentos do autor, dos amigos e testemunha confirmam que o motorista conduzia a BMW preta em alta velocidade, a pelo menos 100 km/h. Fugindo de uma viatura da Polícia Militar, ele decidiu invadir a contramão no cruzamento da Avenida Prefeito Heráclito Diniz com a Avenida Veridiana.

Em depoimento, o amigo de 17 anos disse que o motorista afirmou aos amigos que decidiu fugir “para não ser pego pelos policiais e perder o veículo”. A afirmação é dita duas vezes pelo adolescente no interrogatório. O primo do motorista, de 24 anos, que também estava no carro chegou a confirmar que o veículo era bob e tinha aproximadamente R$ 15 mil em atrasos na documentação.

Foi ao invadir a contramão na avenida, atravessando o sinal vermelho para fugir da polícia, que a BMW atingiu frontalmente a Biz, conduzida por Carla. A moto chegou a ficar ‘grudada’ no carro e foi arrastada por aproximadamente 400 metros. Já a motociclista foi arremessada e o capacete acabou se soltando.

A vítima sofreu grave ferimento na cabeça e no abdômen e morreu no local. Uma testemunha disse que desceu do carro e foi até a vítima para tentar ajuda-la, mas ela já estava sem vida antes mesmo do socorro ser acionado. Equipes do Corpo de Bombeiros, Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), Polícia Civil e Perícia estiveram no local.

O caso é tratado como homicídio qualificado por recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido. Não foi registrado como homicídio culposo, uma vez que sabendo que estava sob efeito de álcool e não tinha CNH, nem mesmo sabia dizer o que era uma faixa contínua, o motorista teria assumido o risco ao dirigir o carro.

Apesar das várias passagens que tem pela polícia, não havia mandado de prisão em aberto contra o motorista. Ele deve passar por audiência de custódia na terça-feira (26), para definir se ficara preso preventivamente.

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