Moradores percebem aumento de usuários de drogas no Belas Artes após ações na antiga rodoviária
Desde 2020, várias ações foram realizadas na antiga rodoviária de Campo Grande, assim como em toda área do Amambaí e região central. No entanto, moradores do Cabreúva, nas proximidades da obra abandonada do Belas Artes relatam aumento no número de usuário de drogas naquele local, causando insegurança. O vigilante Marcelo de Arruda, de 47 anos, […]
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Desde 2020, várias ações foram realizadas na antiga rodoviária de Campo Grande, assim como em toda área do Amambaí e região central. No entanto, moradores do Cabreúva, nas proximidades da obra abandonada do Belas Artes relatam aumento no número de usuário de drogas naquele local, causando insegurança.
O vigilante Marcelo de Arruda, de 47 anos, contou que passa todos os dias pelo local no início da manhã. Recentemente, ao passar pela Avenida Ernesto Geisel por volta das 5h35, logo em frente à obra, foi surpreendido por um usuário de drogas. “Ele jogou uma pedra em direção ao vidro do carro”, contou.
A pedra atingiu o veículo e Marcelo afirma que sentiu insegurança no momento, receio de ser assaltado. Mesmo assim, conseguiu sair do local antes de ser abordado pelo suspeito. Ele conta que faz o trajeto diariamente e percebeu um aumento no número de usuários e de andarilhos naquele espaço.
Para ele, isso pode ser reflexo das ações na antiga rodoviária, que estariam fazendo com que os usuários ‘migrassem’ para outro local. Uma moradora das proximidades da obra, mulher de 47 anos contou ao Midiamax que vive ali há 6 anos. Segundo ela, desde o início de 2020 o número de usuários de drogas na área aumentou bastante. Ainda conforme a moradora, ela nunca foi roubada, mas uma amiga já teve o portão da casa ‘forçado’.
Ela afirma também que há muitos usuários que dormem na obra do Belas Artes e alguns chegam a dormir nos canteiros da região. Já outra mulher, de 46 anos, revelou que passeia com o cachorro diariamente há aproximadamente 4 anos. Como sempre caminha ali, percebe que dentro da obra sempre tem usuários, as vezes compra e venda de drogas e também algumas pessoas deixam bicicletas que podem ser produtos de furto ou roubo. Para ela, não houve aumento ou diminuição no número de usuários na região.
Enquanto uma mulher de 61 anos, moradora no bairro há 28, contou ao Midiamax que se sente insegura. “Não é fácil, você tem que estar atento. Fim de semana tem encontro de molecada e baderna ali” Conforme ela, uma vizinha de frente já foi assaltada. No dia, a vítima chegou de carro e foi abordada por dois homens, um armado. “Ela só gritou para tirar a criança do carro”, disse. Conforme a moradora, houve uma piora na questão de segurança. “Com certeza está pior, em questão de um ano”, relatou.
O que dizem as forças de segurança
Conforme a GCM (Guarda Civil Metropolitana) são realizados trabalhos de rondas e abordagens naquela região. Além disso, não houve solicitações dos moradores, mas as ações serão reforçadas. A orientação é de que os populares acionem a Guarda via 153 ou a Polícia Militar pelo 190.
Já segundo o capitão Fernando, subcomandante do 1º Batalhão da Polícia Militar, são realizadas ações naquela região do Centro Belas Artes. Em janeiro, o 1º BPM em conjunto com outras unidades desenvolve a Operação Opus, com rondas e abordagens. “São ações tanto na Orla Morena, quando no Centro Belas Artes, antiga rodoviária, Orla Ferroviária”, pontuou.
Também conforme o capitão, todos os dias desta semana foram feitas rondas e abordagens por toda essa região, com foco nos pontos críticos de maior concentração de usuários de drogas. “Essa apreensão (foto) foi de um adolescente que traficava na região do Belas Artes”, disse. É importante frisar que a população pode solicitar rondas via 190, caso perceba alguém suspeito.
Ações na antiga rodoviária
Na última quinta-feira (14), vídeo divulgado no Instagram do 1º Batalhão da Polícia Militar esclareceu como funcionam os trabalhos na antiga rodoviária. Conforme o Capitão Fernando, a nova estratégia foi a de modificar o trabalho com a van, fixa, para o policiamento móvel.
Com o policiamento móvel aproximadamente 300 pessoas eram beneficiadas com o trabalho policial. Agora, isso passou para mais de 15 mil pessoas. “Essa equipe realiza rondas e abordagens de forma estratégica”, afirma o capitão. É feito levantamento dos dados de furtos e roubos na região e a equipe é empregada pontualmente.
Esses crimes de furto ou roubo sempre acompanham a questão do uso de drogas, justamente para que os usuários consigam dinheiro para adquirirem os entorpecente ou mesmo a troca de produtos. Segundo o Capitão, de julho de 2020 a 10 de janeiro de 2021 foram mais de 900 abordagens na região.
Isso faz da área uma das mais policiadas de Campo Grande. “Existe um problema social ali, não exatamente de Segurança Pública”, esclareceu o capitão. Algumas ações no sentido de orientar pessoas sem situação de rua e de vulnerabilidade já foram realizadas. É oferecido abrigo, mas a polícia não pode obrigar que as pessoas vão para recolhimento.
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