Após ser presa em flagrante na noite de terça-feira (21) pelo assassinato da própria filha, que completava 5 meses, a jovem de 21 anos não demonstrou arrependimento. 

O caso foi encaminhado para a (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente), onde é investigado. Segundo a delegada Eliane Benicasa, várias testemunhas já foram ouvidas, como amigas da autora, a mãe dela e também o pai da criança, além de vizinhos. Imagens de câmeras de segurança na região também foram apreendidos pela polícia.

Delegada Eliane Benicasa 

 

Conforme a delegada, após a prisão em flagrante, a autora foi interrogada na Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher). Depois, a delegada Benicasa tentou ouvir a jovem informalmente, quando percebeu que ela não demonstrava qualquer arrependimento. 

A polícia apurou que a mãe da jovem chegou a acionar o Conselho Tutelar, quando ela teve o primeiro filho, porque ela era “uma pessoa muito difícil”. No entanto, todos os amigos e conhecidos, também a mãe da autora, afirmavam que ela era uma boa mãe para a bebê. Até o momento, não foram identificados indícios de maus-tratos.

Vivendo em situação insalubre, sem trabalhar, com ajuda financeira de familiares e amigos, a jovem já teve episódios de surtos. Para a polícia, testemunhas contaram que ela chegou a pegar uma faca certa vez, alegando que estava sendo perseguida. Ela também disse que sofria perseguição por várias vezes.

Na casa, foram encontradas caderneta de vacinação e remédios pediátricos, indicando que ela cuidava bem da filha. Apesar das condições da casa, o crime de maus-tratos não foi enquadrado no caso. O médico legista confirmou a morte por afogamento, conforme já revelado pela mulher no depoimento.

Lúcida e consciente do que fez, a autora não soube dizer por quanto tempo ficou com a menina morta. Isso, porque após afogar a bebê no banho, ela ficou um tempo em casa deitada com a filha, depois saiu com ela e foi até uma amiga. Na casa da amiga, ela conversou, bebeu e só depois a irmã desta testemunha percebeu que a bebê estava morta.

A polícia também não identificou sinais de que a autora estivesse sofrendo de depressão pós-parto, apesar de o pai da menina ter relatado que percebeu a mulher deprimida. O caso segue em investigação e a autora passa por audiência de custódia na quinta-feira (24). (Matéria alterada às 19h28)